DOF bloqueia acessos à retomada Guarani e Kaiowá de Porto Cambira e polícias iniciam ataque
Ainda não é possível confirmar se há feridos, detidos ou se a comunidade se retirou da retomada

Desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira (23), a retomada Guarani e Kaiowá de Porto Cambira, na Terra Indígena (TI) Dourados-Amambaipeguá III, em Caarapó (MS), sofre ataques das polícias estaduais em mais uma tentativa de despejo ilegal, sem mandado judicial.
O Departamento de Operações de Fronteira (DOF) bloqueou todos os acessos à retomada e pelotão composto por policiais militares da Tropa de Choque passaram a atirar contra os indígenas. Ainda não é possível confirmar se há feridos, detidos ou se a comunidade se retirou da retomada.
A TI Dourados-Amambaipeguá III, localizada às margens do rio Dourados, fica na divisa entre Dourados e Caarapó. A conclusão da demarcação da TI foi pactuada entre a Funai e o Ministério Público Federal (MPF) em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) de 2007.
A Funai restabeleceu o Grupo de Trabalho (GT), responsável pelo Relatório Circunstanciado de Delimitação e Identificação (RCDI), neste ano. Em 2013, o GT então nomeado teve o trabalho paralisado por questões administrativas, atrasando ainda mais o cumprimento do prazo pactuado pelo TAC.
Neste domingo, os Guarani e Kaiowá haviam retomado também a Fazenda Ipuitã localizada dentro dos limites da Terra Indígena (TI) Guyraroká, em Caarapó. A área, declarada pela Funai como de ocupação tradicional, aguarda a conclusão do processo de homologação. Nesta segunda (22), a retomada sofreu um despejo ilegal executado pela Tropa de Choque da Polícia Militar
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