Detenta denuncia agente penitenciário por estupro na Capital
Vítima contou que estava internada sob escolta policial quando o fato teria ocorrido
Uma detenta, de 23 anos de idade, denunciou um policial penal por estupro que estava realizando a escolta policial da mesma durante a internação na Santa Casa de Campo Grande (MS).
Conforme as informações, a vítima contou que ficou hospitalizada entre os dias 27 de Maio até 18 de Junho. Por estar sob escolta policial, a mesma estava em um quarto sozinha. Em um certo dia, um dos agentes foi descansar no carro e o outro ficou na unidade de saúde.
O homem identificado apenas como Eduardo – a jovem ainda não sabe confirmar se é o nome dele mesmo, começou a conversar com ela perguntando se ela ficaria com ele em uma outra ocasião. Com a resposta afirmativa, o policial perguntou se na data, a mesma ficaria com ele.
Neste momento, ela disse que não sabia e, em seguida, ele começou a beijá-la. A detenta correspondeu e então ele tirou as algemas que estavam no pé dela e a levou para o banheiro do próprio quarto da Santa Casa. O policial penal começou a garra-la, mas mesma disse que não queria continuar, mas Eduardo virou o rosto dela para parede e tirou a roupa da vítima.
Ainda conforme a ocorrência, o agente passou as mãos nas partes íntimas da reeducanda e não usou preservativo. De acordo com ela, ele é branco, usa barba, tem lábio leporino e aproximadamente 1,88 de altura. Por medo, só falou sobre o assunto para a mãe.
Após a denúncia, no dia 11 de Julho, a interna fez o reconhecimento por foto do agente e o reconheceu. Em nota, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul (Agepen) informou que está enviando todos os esforços no sentido de esclarecer denúncia apresentada pela interna, cuja narrativa necessita de apuração aprofundada das informações prestadas.
"A instituição tomou conhecimento da denúncia no último dia 11 de julho e imediatamente determinou abertura de procedimento pela Corregedoria, bem como encaminhou a interna para registro do Boletim de Ocorrência para investigação também por parte da Polícia Civil, sempre zelando pela imparcialidade e total esclarecimento da denúncia. Cabe esclarecer que a reeducanda estava sob custódia hospitalar, após tentativa de suicídio no presídio, utilizando de remédios fornecidos a ela, conforme prescrição de psiquiatra e, de acordo com o que foi apurado, utilizou também medicamentos prescritos e fornecidos a outras internas da cela. A reeducanda está mantida momentaneamente na Delegacia de Polícia Civil, de forma preventiva, para fins de apuração", diz o comunicado.
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