Polícia

Delegado alerta lojistas após irmãs criminosas deixarem prejuízo de R$ 200 mil na Capital

Quadrilha rouba dados do sistema de fechamento da loja e invade o local após término do expediente

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Victória Bissaco
As irmãs Maria Eduarda, Juma Yara e Maria Aparecida - (Foto: Divulgação/PCMS)

“Uma verdadeira organização criminosa familiar”. É assim que a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul define a atuação da quadrilha de três irmãs especializada em furtar lojas de grife em diferentes cidades do país. Em Campo Grande, o prejuízo a duas lojas ultrapassa R$ 200 mil. As irmãs Juma Yara de Souza Silva, Maria Aparecida de Souza Silva e Maria Eduarda de Souza Silva são naturais de São Paulo e seguem foragidas. 

Segundo o delegado Jackson Vale, a “verdadeira organização criminosa familiar” é composta pelas três irmãs e mais duas mulheres, ainda não identificadas, que viajam por todo país de carro ou ônibus para cometer furtos em shoppings. “Elas escolhem cidades que têm shoppings de alto nível, ficam hospedadas cerca de três ou quatro dias nessas cidades por apartamentos alugados em aplicativos e buscam lojas de produtos de marca que tenham fechamento por controle eletrônico”, explicou.

Delegado Jackson Vale, da Derf - (Foto: Divulgação)

O modus operandi também consistia em retornar aos locais de escolha bem vestidas para não levantar suspeitas em horário próximo ao encerramento do expediente das lojas. As criminosas captavam por meio de dispositivo eletrônico o sinal do controle durante o fechamento do estabelecimento e, com código roubado, abrem parcialmente a porta para que uma ou duas entrem na loja e subtraia o maior número de produtos de preços mais elevados. 

O delegado da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), Jackson Frederico Vale alerta aos lojistas com sistema de fechamento por controle eletrônico. “Observem com as empresas de monitoramento se é possível a captação dos sinais eletrônicos por outros dispositivos para que crimes possam ser cometidos. O prejuízo é considerável”, alertou. 

Na capital sul-mato-grossense, explicou o delegado Jackson Vale, agiram em duas lojas de marca. Em uma delas, furtaram 117 óculos de grife. O valor estimado do prejuízo ao local é de 200 mil. “No segundo dia, escolheram uma loja de celulares e subtraíram aproximadamente 30 aparelhos de marcas renomadas. Elas saem tranquilamente das lojas, de maneira dissimulada, pegam um táxi ou uber, retornam para os hotéis ou apartamentos alugados e deixam o Estado”, pontuou.

As irmãs estão sendo procuradas pela Polícia Civil de MS (Foto: Divulgação/PCMS)

Os investigadores da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos continuaram a monitorar as redes sociais das autoras e notaram a continuidade do crime em outros Estados. As criminosas publicam fotos e vídeos esbanjam os valores arrecadados com os furtos. Somente em Mato Grosso do Sul, subtraíram mais de R$ 211 mil. A última atuação delas foi no Paraná, que deixou grande prejuízo a uma loja de eletrônicos da cidade de Umuarama.

A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul atua com a Polícia Civil de São Paulo e mais estados a fim de localizar as irmãs foragidas e identificar as outras duas suspeitas. O delegado Jackson Vale acredita que as criminosas possam estar escondidas na cidade de origem, a capital paulistana. 

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