Delegadas renunciam aos cargos na Delegacia da Mulher da Capital
Profissionais protestam contra o afastamento das delegadas que atenderam jornalista assassinada a facadas pelo ex-noivo


Doze delegadas que atuam na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, a Deam, colocaram seus cargos à disposição na unidade e pediram para serem transferidas para outras unidades policiais. A renúncia coletiva é um protesto ao afastamento das delegadas que atuaram no caso Vanessa Ricarte, a jornalista assassinada a facadas pelo ex-noivo, o músico Caio Nascimento, que está preso pelo crime.
Segundo informações extraoficiais, um documento foi entregue pessoalmente por um grupo de delegadas à Delegacia Geral da Polícia Civil (DGPC) e aguarda devolutiva do órgão. Ele foi apresentado horas após as delegadas Riccelly Donha e Lucélia Constantino, que atenderam Vanessa Ricarte, pedirem afastamento de suas funções.

Após a reunião, o governador mencionou que serão firmadas parcerias para melhorar a atuação da Casa da Mulher Brasileira, e de forma inovadora, contribuir para que os processos sejam unificados, garantindo a eficiência do serviço prestado no local.
"Nós falhamos enquanto Estado, as diversas instituições, não é a questão de uma pessoa em específico, é o processo, conjunto da informação, tecnologia, equipamento. E a ministra vem corroborar e observar alguns pontos de melhoria que a gente tem discutido. Eu designei o nosso vice-governador Barbosinha (José Carlos Barbosa) para acompanhar a ação e as medidas. Tudo isso passa pela gestão da casa, por sistema, equipe, acolhimento. É uma série de coisas que o Tribunal de Justiça, Defensoria, Polícia Civil, psicossocial, vão ter que mudar, processos e procedimentos para a gente melhorar a nossa atuação", disse.
Campo Grande, foi a primeira cidade do País a receber uma Casa da Mulher Brasileira – inaugurada em fevereiro de 2015. Além da Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande, o Estado conta com ‘Salas Lilás’ em 48 municípios, espaços exclusivos de atendimento de mulheres, adolescentes e crianças vítimas de violência doméstica ou sexual ou em situação de vulnerabilidade.
Sejusp - A decisão das delegadas passa agora pelo crivo das cúpulas da DGPC e da Secretaria de Justiça e Segurança Pública, a Sejusp. O Diário Digital buscou contato com a pasta de Segurança, mas até a publicação desta nota não havia recebido retorno.
(Com informações da TVMS Record)
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