Delegadas e chefe são removidas da Deam após morte de jornalista
No último dia 20 de março, a Corregedoria da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul concluiu o inquérito que apura o atendimento prestado à jornalista

Publicação desta quinta-feira (27), no Diário Oficial revela que o Delegado-Geral da Polícia Civil do Estado de Mato Grosso do Sul Lupérsio Degerone Lucio, no uso de suas atribuições legais, resolve dispensar a Delegada Elaine Cristina Ishiki Benicasa da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).
Além disso, as delegadas Riccelly Maria Albuquerque e Lucélia Constantino, foram removidas da Deam, como mostra o documento. Conforme a publicação, Riccelly Maria Albuquerque, foi removida para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), juntamente com Lucélia. Ambas delegadas foram remanejadas após o atendimento direto à jornalista Vanessa Ricarte, assassinada a facadas pelo ex-noivo em 12 de fevereiro deste ano, em Campo Grande.
No último dia 20 de março, a Corregedoria da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul concluiu o inquérito que apura o atendimento prestado à jornalista, Vanessa Ricarte, de 42 anos, morta pelo ex-companheiro, o músico, Caio Nascimento, no dia 12 de fevereiro deste ano, no bairro São Francisco, em Campo Grande. O relatório aponta que todos os protocolos foram usados no momento em que a vítima registrou boletim de ocorrência contra o suspeito.
Para a conclusão, foi realizado uma linha de tempo para esclarecer o que realmente aconteceu com a Vanessa durante o registro de violência na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). No entanto, durante o procedimento, não foi apontado nenhum erro, no qual, "o fluxograma de atendimento foi correto". Contudo, foram encontradas falhas processuais que impactam a Casa da Mulher Brasileira da Capital.
Além disso, foi criado um Grupo de Trabalho com intuito de desafogar quase 6 mil boletins de ocorrências que estavam tramitando na Deam e, que agora, estão sendo analisados por uma força-tarefa. Para ajudar no fluxo na delegacia, o Governo do Estado designou, mais 4 escrivães, uma delegada para somar com outras na sede e a determinação que todos os casos de crimes sexuais e violência contra mulher tenham prioridade nos atendimentos do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL), agilizando o acesso à justiça e a proteção das vítimas.
Inclusive, no início da semana, a medida do convênio firmado entre o Governo de MS e o Tribunal de Justiça, foi determinado que os policiais civis e militares poderão executar intimações de autores por crimes de violência contra mulher. As medidas devem auxiliar nas melhorias no atendimento e na comunicação entre setores da Casa da Mulher.
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