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Defesa de Marquinhos Trad reitera que denuncias de assédio sexual são infundadas

Segundo as advogadas, os fatos narrados pelas garotas não confirmam estupro e nem assédio sexual

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Marina Romualdo
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As advogadas Dra. Rejane de Arruda e Dra. Andréa Flores (Foto: Luiz Alberto)

A defesa de Marquinhos Trad, candidato ao governo pelo partido PSD reiterou nesta sexta-feira, 09 de Setembro, que as acusações das quatro primeiras mulheres que o denunciaram por assédio sexual na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) são infundadas diante das investigações instauradas.

Conforme já noticiado pelo Diário Digital, o ex-prefeito é investigado desde o dia 05 de Julho, sobre supostos crimes sexuais contra mulheres na Capital. Das quatro primeiras denunciantes, Marquinhos confessa que manteve relação consentida com duas delas.

Durante a coletiva de imprensa com as advogadas, Dra. Andréa Flores e Dra. Rejane Alves de Arruda foi disponibilizado uma ata notarial onde constam conversas de que as garotas de programa que foram contratadas para denunciar o candidato ao governo de MS. 

Em uma das conversas, as mulheres comentam sobre os trabalhos para que foram contratadas, recebimento de dinheiro e até tiveram uma regalia com o atendimento da Polícia Militar para proteção, se caso tivessem sendo ameaçadas.

A defesa afirmou que as denuncias são uma armação política. "Os fatos narrados pelas garotas não confirmam estupro e assédio sexual". Ainda de acordo com a advogada Rejane, a delegada responsável pelo caso, Maíra Pacheco Machado não atende o pedido da defesa de ouvir as testemunhas do ex-prefeito. “O inquérito está parado”, salientou.

Além disso, como as advogadas alegam que as denuncias foram feitas por armação política, elas denunciaram um homem por inventar falsas denúncias contra Marquinhos. O inquérito foi instaurado. Esse suspeito seria o responsável por atrair as mulheres para inventar histórias e denunciar o ex-prefeito, com a proposta de dinheiro. O caso é investigado pela Terceira Delegacia de Polícia de Campo Grande (3ª DP).

(Foto: Luiz Alberto)

Pedido de afastamento – As advogadas, Dra. Andréa Flores e Dra. Rejane Alves de Arruda entraram com um mandado de segurança para afastar a delegada da Del. Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), Maíra Pacheco Machado. Ele investiga os supostos os assédios sexuais contra o candidato ao governo, Marquinhos Trad.

O pedido foi feito após situações como o número de vítimas que estão aparecendo em um único inquérito policial, vazamento de informações e suposto abuso de poder praticados no inquérito para investigar as denúncias de assédio. Além disso, houve novas evidências de ilegalidades no inquérito, segundo as advogadas.

O Poder Judiciário analisou o caso e negou o pedido por falta de provas. Com a negativa, a defesa informou o Ministério Público que é responsável pelo controle externo da atividade policial em Mato Grosso do Sul. 

A promotora de justiça, Luciana Shape tomou conhecimento do caso e das irregularidades que a defesa apontou e determinou a instauração de um procedimento para que a delegada titular da DEAM, Elaine Cristina Ishiki Benicasa fosse intimada e esclarecesse os fatos que foram elencados pelas advogadas.

(Foto: Luiz Alberto)

Busca e apreensão – O ex-prefeito Marquinhos Trad está sendo investigado há mais de um mês por suposto casos de abusos sexuais na Capital.

No dia 09 de Agosto, a Prefeitura Municipal de Campo Grande foi alvo da investigação. As equipes da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) e Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) estiveram no local.

A equipe do DD conversou com a delegada da DEAM, Maíra Pacheco. Ela disse que foram cumpridos mandados de busca e apreensão, mas não informou números. Sendo assim, foram apreendidos elementos de informação que podem ajudar nas investigações sobre as denúncias de supostos crimes sexuais contra o ex-prefeito da Capital, Marquinhos Trad.

Durante a ação, a Perícia Científica também estava no local para fazer o reconhecimento dos locais citados nos altos do processo.

Apreensão no dia 09 de agosto na Prefeitura Municipal de Campo Grande (Foto: Luciano Muta)

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