Defensoria acompanha caso de agressão a jornalista canadense em MS
Vítimas estavam em comunidade indígena quando foram surpreendidas por 30 caminhonetes
A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul divulgou nota na noite desta quinta-feira, 23 de Novembro, na qual informa que acompanha o caso do jornalista, da antropóloga e outro profissional agredidos em uma área de retomada na região de Iguatemi, extremo sul de MS.
Conforme relatos feitos ao no Núcleo de Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas (Nupiir) da Defensoria Pública, as vítimas desembarcaram no estado no último sábado (18) para realizar um trabalho de jornalismo e documentário sobre as comunidades indígenas e, ao visitarem os locais das filmagens na segunda-feira (21), foram surpreendidas por aproximadamente 30 caminhonetes.
“Estávamos voltando da visita técnica, há uns 6 quilômetros da rua principal dos pontos escolhidos, quando nosso carro foi fechado pelas caminhonetes. Os homens estavam encapuzados, armados, invadiram nosso veículo e começaram a bater na gente. Além disso, também fomos ameaçados e submetidos a tortura psicológica”, detalha emocionada a antropóloga brasileira Ana Carolina Mira Porto.
Na sede da Defensoria, o jornalista canadense contou que além dos chutes, socos, empurrões e puxões de cabelo sofridos pelos três, os agressores cortaram o cabelo dele, ameaçaram cortar o cabelo da antropóloga e roubaram todos os equipamentos de trabalho e documentos da equipe.
“Abriram nossas bagagens, levaram máquinas fotográficas, equipamentos cinematográficos, dois Iphones e demais instrumentos que utilizamos, nossos documentos pessoais e passaportes”, avalia o jornalista Renaud Philippe, que calcula um prejuízo de pelo menos 20 mil dólares. Após roubarem todos os pertences, os jagunços ameaçaram os profissionais de morte caso não fossem embora e partiram.
“Quando as vítimas voltavam ao do local da agressão se encontraram com a nossa equipe do núcleo, que também realizava um trabalho próximo dali, e foram socorridas. O boletim de ocorrência foi registrado em Amambai, na delegacia de Polícia Civil, e posteriormente até o Instituto Médico Legal onde passaram pelo exame de corpo de delito”, diz o coordenador do Nupiir, defensor público Lucas Colares Pimentel.
(Com informações da assessoria de imprensa da Defensoria Pública)
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