Polícia

Criminosos de outros estados estão migrando para MS, destaca delegado

Em uma semana, integrantes de três grupos criminosos de outros estados foram presos em Campo Grande

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Victória de Oliveira e Thays Schneider
Delegado da Garras, João Paulo Sattori - (Foto: Luciano Muta)

Os cinco integrantes do grupo criminoso de Goiás, presos na nesta quarta-feira, 30 de novembro, em Campo Grande (MS), foram o terceiro grupo criminoso de fora de Mato Grosso do Sul presos por furtos na capital sul-mato-grossense. Os envolvidos foram flagrados tentando despachar as mercadorias para o estado de origem. A Polícia Civil trabalha para identificar mais grupos criminosos oriundos de outros estados.

Conforme o delegado da Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras), João Paulo Sattori o furto de R$ 150 mil em produtos na capital sul-mato-grossense ocorreu em quatro dias. Os criminosos confessaram o crime. “É importante salientar que é um grupo que detém um elevado nível de organização, inclusive, possuíam um dispositivo que burlava o sistema de segurança atrelado à peça de roupa”, explica.

Os envolvidos foram flagrados na tarde de ontem, na Rodoviária de Campo Grande, tentando despachar parte dos produtos furtados. O delegado explica que os policiais do Garras abordaram os suspeitos e constataram “grande quantidade de roupas subtraídas". No decorrer das investigações, realizaram diligências nos locais onde o grupo estava hospedado na capital e encontraram mais peças, com valor que excede R$ 150 mil.

A ação do grupo consistia em adentrar as lojas, escolher as peças e colocá-las em sacola plástica. Após o furto, saíam dos estabelecimentos comerciais sem serem identificados, justamente pelo dispositivo mencionado. “Isso durante o dia, durante o funcionamento da loja”, destaca.

O grupo criminoso é oriundo de Goiás e possui passagens em diversos estados pela mesma ação. “Tem anotações criminais no estado de Goiás e também no Rio de Janeiro”, afirma o delegado. As investigações do Garras apontam que quatro lojas de departamento de shoppings de Campo Grande foram vítimas da ação criminosa em quatro dias. Os representantes dos estabelecimentos foram intimados pela Polícia Civil, a fim de colaborar com as investigações.

Ainda, conforme o Sattori, as roupas seriam enviadas ao estado de origem do grupo. Ao todo, quatro pessoas foram presas por furto qualificado, associação criminosa e corrupção de menores, bem com uma adolescente apreendida.

Delegado da Garras destaca ação de mais grupos de outros estados - (Foto: Luciano Muta)

 De fora para MS - O delegado João Paulo Sattori afirma que criminosos de outros estados procuram Mato Grosso do Sul para cometer delitos. “O que chama atenção é que os criminosos estão vindo de fora para o estado. Tivemos o caso dos criminosos do Rolex e dos homens que invadiram um shopping da capital”, explica.

No caso dos bandidos de Rolex, uma famosa marca de relógios de luxo, o Batalhão de Choque da Polícia Militar desarticulou grupo criminoso especializado em roubo de relógios no terminal rodoviário de Campo Grande. O caso ocorreu no dia 26 de novembro e o grupo foi identificado como oriundo do estado de São Paulo

No caso mais recente, dois jovens, de 23 e 25 anos, identificados como Isaque Branco Pimentel e Miller Amilton Nascimento Silva, foram presos na última terça-feira, 29 de novembro, após furtos a lojas do Shopping Bosque dos Ipês e do Shopping Norte Sul Plaza, em Campo Grande, com prejuízo de R$ 200 mil. Após os crimes, fugiam do local pelas tubulações dos estabelecimentos.

Isaque e Miller são integrantes de organização criminosa que atua em Brasília, Manaus, no Amazonas, Vitória, no Espirito Santo, São Luís, no Maranhão, e Jaú e Campinas em São Paulo. “Para que os criminosos estão migrando para Mato Grosso do Sul porque estão marcados em seus estados de origem”, destaca o delegado do Garras.

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