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Polícia

Criança que teve a perna quebrada pelo pai recebeu alta médica da Santa Casa

O pequeno de 4 anos teve fratura no fêmur e passou por cirurgia para colocar duas hastes na perna quebrada

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Marina Romualdo
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(Foto: Arquivo/DD)

A criança de 4 anos que teve a perna quebrada após ser agredida pelo próprio pai teve alta médica nesta quinta-feira (14) da Santa Casa de Campo Grande. Ele foi transferido da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Almeida para o hospital para realizar uma cirurgia.

Conforme já divulgado pelo Diário Digital, o menino teve fratura no fêmur e passou por cirurgia para colocar duas hastes na perna quebrada. O pequeno já recebeu alta hospitalar por estar bem e está sob os cuidados da mãe.

Já o pai que agrediu a criança passou por audiência de custódia na manhã de quinta-feira (14) e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça de Mato Grosso do Sul.

O caso – A vítima deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Almeida depois ter se machucado ao cair de uma rede e foi transferida para Santa Casa. Desconfiados da situação, os funcionários do hospital acionaram a Polícia Militar e o Conselho Tutelar.

Durante o depoimento na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), o pai alegou que "perdeu a cabeça". Pois, o menino de 4 anos e o irmão mais novo estavam brigando pelo celular em um dos quartos da residência. E, no momento que o pai empurrou o menino, acabou acertando a cabeça dele que caiu da rede e ficou sobre a proteção lateral da cama infantil que acabou ficando com meio corpo para fora.

Após a queda, a criança reclamou de dores. Mas, achou que fosse birra e como os pequenos estavam prontos para creche, os levou mesmo assim. Em seguida, os filhos brigaram novamente, e empurrou a criança novamente, que caiu ao solo e bateu a cabeça. Desta forma, após uns 10 minutos depois, levou a vítima para o atendimento médico na unidade de saúde.

Uma testemunha que também prestou depoimento informou que viu o pai dar um soco na cabeça do menino e um chute com força. E, em um certo momento após agressão, a mesma o confrontou dizendo que tinha visto o ocorrido. Porém, ele teria se defendido dizendo que a mãe da criança havia abandonado ele e os filhos e estaria devendo R$ 20 mil para um agiota.

Durante a entrevista com o Diário Digital, a conselheira Sandra de Souza Szablewiski, relatou que não havia denúncias de agressões às crianças. Apenas um atendimento à família que ocorre desde 2022, que foi quando o pai procurou a instituição em fevereiro, buscando pela guarda dos pequenos após a mãe sair de casa levando os filhos.

"O que verificamos junto a rede de atendimento é que ambos [pai e mãe] viviam em briga constantes e usavam os filhos para obter vantagens. Por esse fato o casal se separou diversas vezes, voltando a conviver novamente. E, existem alguns boletins de ocorrência contra o suspeito, inclusive medida protetiva. Então, nossa parte de orientação, encaminhamento para resolverem a situação na justiça e o atendimento pela saúde e assistência social foi feita desde o início. Porém, chegamos infelizmente a esta trágica situação", finalizou a conselheira.
 

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