Polícia

Corregedoria conclui inquérito e inocenta ex-delegado-geral após briga de trânsito

Com a conclusão policial, MPMS solicitou mais provas sobre o caso que estão em andamento

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Marina Romualdo
Delegado-geral aparece na filmagem ao lado do veículo da jovem (Foto: Reprodução)

O inquérito policial da Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul inocenta o ex-delegado-geral da PCMS, Adriano Garcia Geraldo, que se envolveu em uma briga de trânsito no dia 16 de Fevereiro de 2022, na avenida Mato Grosso, em Campo Grande (MS). No entanto, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) solicitou mais provas.

De acordo com a decisão que foi assinada pelo delegado, Wilton Villas Boas é relatado que ficou evidente que a abordagem realizada se tratava realmente de uma abordagem policial. "Um tano questionável no início, mas muito evidente no seu desfecho".

Além disso, é definido no inquérito que várias viaturas da Polícia Militar chegaram no local após a briga de trânsito. Por tanto, a motorista, de 24 anos, é considerada culpada. Porém, a a assessoria da Delegacia-Geral da Polícia Civil informou por meio de nota que o MPMS solicitou novas diligências policiais, as quais estão em andamento. 

“A conclusão da esfera criminal é apenas o primeiro passo, e a Corregedoria-Geral dará continuidade a apuração na esfera administrativa, em procedimento próprio, visando esclarecer possíveis irregularidades funcionais decorrentes da situação que se envolveu o ex-delegado-geral”, diz o comunicado. 

Na época, a PCMS emitiu uma nota explicando os fatos segundo o delegado. De acordo com a nota, o delegado-geral transitava conduzindo um veículo oficial pela avenida Mato Grosso, quando teve sua trajetória interceptada algumas vezes pelo veículo Renault Kwid, "expondo a grande risco os demais condutores da via, e os demais transeuntes que caminhavam nas imediações".

Já a condutora, afirmou ao Diário Digital no ano passado que dirigia de forma perigosa e não avançou o semáforo. Em conversa, ela contou que estava parada no sinal, quando afogou o carro e o veículo de trás começou a buzinar. Neste momento, ela confirmou que mostrou o dedo do meio e seguiu pelo caminho e o carro de Adriano, continuou a seguir.

O ex-delegado-geral disse que estava conduzindo um veículo oficial e se identificou como policial por meio de sinais luminosos intermitentes e sonoros da viatura. E, a jovem disse que foi seguida e quando parou em uma escola de inglês na área central, viu Adriano descer do carro e efetuar os disparos nos três pneus do seu veículo.

Toda a ação teria sido filmada por uma câmera do tipo “GoPro” que estava no interior do veículo Renault Kwid. No entanto, na conclusão do inquérito é informado que o objeto foi danificado. Foi testemunhado por um Policial Militar que a condutora de referido automóvel teria tentado engolir o chip que estava no interior do carro, que era o equipamento de filmagem.

(Vídeo: Reprodução)

Saída – Após o envolvimento na briga de trânsito, Adriano pediu para sair do cargo de delegado-geral. No dia 18 de Fevereiro, em uma carta direcionada ao governador, Reinaldo Azambuja, ele esclareceu que os motivos da saída eram pessoais.

"Considerando, que por questões de cunho pessoal e familiar, opta por colocar à disposição de Vossa Excelência a função em apreço, cujos motivos que ensejaram a presente tomada de decisão serão esclarecidos pessoalmente em momento oportuno. Sem mais para o momento, aproveito o ensejo para externar os sinceros agradecimentos pela confiança e apoio dispensado por Vossa Excelência e equipe, no período em que este signatário esteve à frente da Delegacia Geral de Polícia Civil, ressaltando que permanecerá à disposição exercendo com muita honra o cargo de Delegado de Polícia Civil deste Estado", dizia a carta.

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