Caso Vanessa: Corregedoria conclui inquérito e não aponta falhas em atendimento
Jornalista de 42 anos foi morta a facadas pelo ex-companheiro no dia 12 de Fevereiro, em Campo Grande


A Corregedoria da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul concluiu o inquérito que apura o atendimento prestado à jornalista, Vanessa Ricarte, de 42 anos, morta pelo ex-companheiro, o músico, Caio Nascimento, no dia 12 de fevereiro deste ano, no bairro São Francisco, em Campo Grande. O relatório aponta que todos os protocolos foram usados no momento em que a vítima registrou boletim de ocorrência contra o suspeito.
Para a conclusão, foi realizado uma linha de tempo para esclarecer o que realmente aconteceu com a Vanessa durante o registro de violência na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). No entanto, durante o procedimento, não foi apontado nenhum erro, no qual, "o fluxograma de atendimento foi correto". Contudo, foram encontradas falhas processuais que impactam a Casa da Mulher Brasileira da Capital.
Além disso, foi criado um Grupo de Trabalho com intuito de desafogar quase 6 mil boletins de ocorrências que estavam tramitando na Deam e, que agora, estão sendo analisados por uma força-tarefa. Para ajudar no fluxo na delegacia, o Governo do Estado designou, mais 4 escrivães, uma delegada para somar com outras na sede e a determinação que todos os casos de crimes sexuais e violência contra mulher tenham prioridade nos atendimentos do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL), agilizando o acesso à justiça e a proteção das vítimas.
Inclusive, no início da semana, a medida do convênio firmado entre o Governo de MS e o Tribunal de Justiça, foi determinado que os policiais civis e militares poderão executar intimações de autores por crimes de violência contra mulher. As medidas devem auxiliar nas melhorias no atendimento e na comunicação entre setores da Casa da Mulher.
Relembre o caso – No dia 12 de fevereiro, a jornalista, Vanessa Ricarte, de 42 anos, foi morta após ser esfaqueada pelo ex-noivo, o músico, Caio Nascimento, em Campo Grande. Horas antes do crime, a profissional denunciou o ex-companheiro por violência doméstica na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) e pediu medidas protetivas.
No entanto, ao retornar para residência onde morava com o suspeito para buscar algumas coisas pessoais, teve uma discussão com Caio e foi esfaqueada três vezes na região do tórax. Ela estava com um amigo, que conseguiu levá-la para um cômodo e acionar a Polícia Militar.
Durante as diligências, o músico foi preso em flagrante pelo crime de feminicídio. Porém, a vítima foi encaminhada em estado grave para Santa Casa da Capital, mas não resistiu e morreu. O agressor de Vanessa possuía mais de 10 registros policiais por violência doméstica contra mãe, irmã e ex-companheiras.
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