Casal é condenado pela morte de "Milão" em Mundo Novo
Carona foi desculpa para dupla se vingar de suposto abuso sexual da época que a vítima tinha 12 anos

Júri popular condena casal acusado de matar Leandro Luciano Antunes de Lima, 27 anos, morador de rua conhecido como "Milão", nesta quarta-feira (26), em Mundo Novo.
A ré Daiane Augusto de Oliveira Spanserski, de 30 anos, teve a condenação maior, com pena de 26 anos e 7 meses de reclusão. Ela foi defendida pela Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul. Já o réu José Carlos Liandro, de 52 anos, foi condenado a 18 anos de reclusão. Ele contou com três advogados particulares para defesa.
Ambos foram denunciados pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) e o Poder Judiciário se pronunciou pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, pelo meio cruel e mediante dissimulação, além do crime de tortura.
Durante o Tribunal do Júri, o plenário lotou devido a repercussão do crime e da popularidade da vítima no local. A principal testemunha de acusação foi o delegado Alex Junior da Silva, responsável pelas investigações, frente a Polícia Civil de Mundo Novo, assim como pelas prisões em flagrante dos réus e de conduzir os trabalhos complexos. Seu depoimento durou cerca de uma hora e vinte minutos, com detalhes das etapas do trabalho policial.
No julgamento, imagens da execução do crime foram exibidas, chocando o público devido aos requintes de crueldade empregados contra a vítima, reforçando a crueldade apontada pelo Conselho de Sentença.
Relembre o caso - O crime aconteceu em 17 de março de 2024, e devido a popularidade de Milão, causou grande comoção social na época. O casal ofereceu carona à vítima, conduzindo-a até uma estrada vicinal, próximo a fronteira com Paraguai.
Leandro foi agredido com socos e chutes e esfaqueado 14 vezes, no tórax e pescoço, provocando a morte da vítima. Antes de ser morto, Milão foi submetido a sofrimento físico e psicológico, por meio de tortura e fazendo-o confessar um suposto abuso sexual de quando a vítima tinha 12 anos de idade.
Em menos de seis horas, após ter conhecimento do ocorrido, a Polícia Civil identificou, localizou e realizou a prisão em flagrante dos autores.
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