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"Bonita e assassina", Pâmela é condenada a 21 anos de prisão por homicídio de idosa

Pâmela Ortiz, permaneceu inabalável até mesmo durante leitura da sentença nesta quinta-feira

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Redação
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Momento em que Pâmela Ortiz recebeu a sentença (Foto: Ana Lívia Tavares)

Pâmela Ortiz de Carvalho, de 35 anos, foi condenada a 21 anos e seis meses de prisão, além de 10 dias de multa, na tarde desta quinta-feira (11), por homicídio qualificado por motivo fútil e meio cruel e ocultação de cadáver. A vítima, Dirce Santoro Guimarães Lima, de 79 anos, foi morta no dia 23 de fevereiro de 2019, em Campo Grande.

Por unanimidade, os jurados acataram as qualificadoras do crime. Durante a sentença, Pâmela permaneceu em pé, na frente do juiz, e ouviu cada palavra sem demonstrar qualquer emoção. Inabalável, como permaneceu durante todo o julgamento, até mesmo no momento do interrogatório.

Este, inclusive, foi um dos pontos avaliados pelo magistrado. A insensibilidade, a maldade e desonestidade pelo modo de agir da acusada. Outro ponto destacado pelo juiz foi a personalidade agressiva de Pâmela e a perversidade com que ela cometeu o crime, batendo a cabeça da vítima várias vezes no meio-fio. O que já acarretou a ela 14 anos de prisão.

Como agravante, o motivo fútil somou mais três anos. Assim como o fato do crime ter sido cometido contra pessoa maior de 60 anos. Totalizando pelo homicídio doloso com duas qualificadoras, 20 anos de reclusão.

Pâmela tem contra ela outro agravante, a reincidência na prática de estelionato. Sobre a acusação de ocultação de cadáver, como o corpo de Dirce foi encontrado dois dias depois do homicídio, em um terreno no polo industrial, coberto com sacolas de lixo, os jurados também aceitaram o crime. Subindo a pena para 21 anos, seis meses e 10 dias de multa.

Como atenuante, ou seja, o que torna menos grave, ela teve a confissão do homicídio.

Júri: O julgamento de Pâmela Ortiz começou por volta das 8 horas da manhã desta quinta-feira (11), na 1ª Vara do Tribunal do Júri, na Capital. No banco dos réus, ela alegou que agiu em legítima defesa e não se lembra do assassinato porque “sofreu um surto psicótico”.

Foram as dívidas no cartão de crédito da idosa que motivaram a morte de Dirce Santoro Guimarães Lima, de 79 anos. Testemunhas relataram que dona Dirce era viúva, não tinha filhos e ficava a maior parte do tempo sozinha. A idosa tinha uma saúde frágil, era diabética e hipertensa.

Pâmela e a vítima se conheceram em 2018., no posto de saúde e, na volta, a acusada ofereceu carona. A partir de então, Pâmela atendia a idosa sempre que ela precisava sair. As duas se tornaram próximas e a motorista ganhou a confiança da vítima.

Pâmela Ortiz, condenada por morte de idosa, em fevereiro de 2019 (Foto: Arquivo)

Em um dos episódios, Pâmela levou Dirce para comprar um fogão e o cartão da idosa sumiu. Foi quando gastos no cartão de crédito começaram a aparecer e a vítima desconfiou da motorista.

No dia do crime, Pâmela buscou a idosa na casa dela e, durante o trajeto, ao ser confrontada pela vítima houve a discussão.  

Ainda em seu depoimento, Pâmela contou como tirou a vida de Dirce. Aos poucos, ela acabou confirmando que bateu a cabeça da vítima. Assustada, arrastou o corpo até uma árvore, onde deixou e, em seguida, fugiu. " É injusto alegar ocultação de cadáver, eu deixei o corpo bem à mostra realmente para alguém encontrar. Após o crime fiquei sem reação e acabei me escondendo em um hotel", alegou.

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