Polícia

Bebê que caiu do 3° andar de prédio deve sair da UTI da Santa Casa

Segundo o advogado de defesa da mãe, teve um avanço na alimentação e deve ser encaminhada ao CTI

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Marina Romualdo
O caso é investigado pela DEPCA de Campo Grande (Foto: Luciano Muta)

A bebê de 4 meses que caiu da janela do terceiro andar tem possibilidade de sair da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa, de acordo com o advogado Alfio Leão, que trabalha na defesa da mãe da pequena, de 23 anos. A mulher foi presa em flagrante na terça-feira (12) por abandono de incapaz, qualificado pela lesão corporal grave, mas foi solta na última quinta-feira (14).

Segundo o profissional, a última informação que foi dada é que a criança não corria risco de morte. "Ela estava com possibilidade de sair da UTI e ser encaminhada ao Centro de Terapia Intensiva (CTI). Inclusive, ela teve um avanço na alimentação. A mãe está preocupada com a saúde da bebê e depois vamos averiguar as outras situações", relatou Leão.

Indagado sobre a situação das outras duas crianças de 7 e 3 anos, o advogado afirmou que os pequenos estão em um abrigo. Porém, a mulher não perdeu a guarda deles e que os mesmos serão entregues novamente para ela. "No entanto, agora ela está ao lado do bebê como mãe e protetora. Ela quer estar ao lado da filha e a prioridade é a pequena", finalizou.

Na última quinta-feira (14), a mulher foi liberada após audiência de custódia. No entanto, ela vai responder pelo crime de abandono de incapaz, qualificado pela lesão corporal grave. Além dela, o pai vai responder por abandono material.

O caso – Durante à noite de terça-feira (12), a criança foi deixada sozinha pela própria mãe com os irmãos de 7 e 3 anos no apartamento que fica localizado no bairro Aero Rancho, na Capital. Conforme as informações policiais, a irmã mais velha estava cuidando da bebê e no momento em que tentava acalmá-la, a levou para cama. Neste momento, ela ficou próximo da janela que fica na parede e se desequilibrou e, caiu no térreo.

Em entrevista ao Diário Digital, a delegada da Delegacia Esp. de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), Nelly Macedo, informou que diante dos fatos, os pais das três crianças vão responder por abandono material, pois, não estão pagando pensão. Inclusive, a irmã mais velha não estava frequentando a escola desde o início do ano e por conta disso o Conselho Tutelar foi acionado.

"A vítima trabalha na feira central, até tarde da noite. A criança estudava pela manhã e nem sempre dava tempo de leva-la. A mãe tentou mudar a criança para o período vespertino, mas não permitiram. Sendo assim, ficou inviável. Porém, no dia dos fatos, ela estava de licença maternidade, precisou sair e deixou a bebê dormindo e pensou que a criança não acordaria", esclareceu a delegada.

Questionada sobre a situação da casa insalubre, Nelly esclareceu que não foi ao local. Contudo, a narrativa dos autos é de que a casa estava suja, mas não necessariamente insalubre. "Pensar que uma mulher sozinha, com uma bebê de 4 meses e mais duas crianças conseguiria manter a casa impecável é complicado".

"Desta forma, estamos investigando os pais para saber se a irresponsabilidade deles perante os filhos. E, com a mãe em liberdade, temos um prazo maior para cumprir as diligências. Então, vamos ouvir as testemunhas faltantes, intimaremos os pais e aguardaremos os laudos", finalizou a delegada da DEPCA.

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