Polícia

Barragem de represa: loteamento de luxo não tinha certificado de vistoria, diz Corpo de Bombeiros

Rompimento de barragem destruiu propriedades rurais e arrastou veículo nesta terça-feira (20)

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Marina Romualdo
(Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros)

Após o rompimento de barragem do condomínio Nasa Park destruir algumas propriedades rurais e arrastar veículos, foi informado que o empreendimento particular não tinha certificado de vistoria do Corpo de Bombeiros. O fato ocorreu na manhã desta terça-feira (20) na BR-163, entre Campo Grande e Jaraguari.

Desta maneira, a equipe atua na vistoria da área para analisar as questões de segurança e possíveis irregularidades e, com isso, a notificação será enviada para os proprietários. Além disso, não tem como afirmar qual o valor da muta, já que a quantia varia de acordo com a lei nº 4335, de incêndio e pânico. Vale destacar que até o momento não há vítimas e pelo menos três casa foram atingidas. 

Já o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) informou também que irá autuar os proprietários do loteamento de alto padrão e irá cobrar imediatamente o Plano de Recuperação de Área Degradada (Prada), que é uma forma de reestabelecer a condição natural existente antes do rompimento da barragem da represa do local. 

As casa ficaram destruídas (Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros)

Segundo a moradora, Luzia Ramos do Prado, de 60 anos, contou que mora há 36 anos no local e que não tinha vivenciado uma situação parecida com essa. "Era por volta das 9h30, quando estava fazendo um lanche com as minhas netas e minha filha que está na cidade, me ligou falando que o condomínio tinha estourado e, se ela não tivesse ligado, estávamos mortas".

"Eu tinha um gatinho e ele ficou na minha casa que ficou totalmente destuída. Foram 36 anos de trabalho duro e não sobrou nada, eu não tenho nada hoje além da roupa do corpo e minhas netas. Meus vizinhos perderam criação de porcos. Hoje o dia será complicado. O rompimento de barragem da Nasa Park foi uma tragédia anunciada", finalizou a moradora.

Já de acordo com o chefe do Departamento de Gestão de Riscos e Desastres da Defesa Civil de Mato Grosso do Sul, Maxwelbe de Moura Fé relatou que está no local verificando os danos e prejuízos sofridos pela população. “Estamos fazendo um levantamento das possíveis consequências do rompimento de barragem. No entanto, o mais importante agora é manter a população informada e tranquilar cada um sobre as possíveis consequências desse rompimento”. 

(Vídeo: Divulgação/Corpo de Bombeiros)

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