Assassino de jovem no Caiobá confessa crime e alega legítima defesa
Vítima foi morta a facadas em uma festa no domingo durante uma briga; autor segue em liberdade
O homem que assassinou Everton Quebra de Oliveira, de 29 anos, a facadas no domingo (22), em uma festa no Caiobá, em Campo Grande, e feriu outra pessoa foi indiciado por homicídio, mas segue em liberdade. Ele se apresentou à polícia no fim da tarde desta quarta-feira (25), na 6º Delegacia de Polícia Civil, confessou o crime e alegou legítima defesa.
Petterson Ribeiro Dutra, de 27 anos, entregou a faca usada no crime e apresentou uma versão parecida com das testemunhas de acordo com o delegado Giuliano Biaccio, titular da 6º DP.
Nesta sexta-feira, o delegado explicou que Petterson disse que na noite do crime estacionou o carro próximo à casa do pai e a festa. Em determinado momento, ele viu uma adolescente sair do aniversário chorando e começou a chutar e dar socos em seu veículo.
O acusado negou que empurrou a menina ou desferiu tapas no rosto dela, mas apenas pediu para que ela não fizesse aquilo e se afastasse do carro. Em seguida, ele entrou no veículo e o colocou mais próximo à esquina.
Momento em que o pai da menina veio até ele e começou a agredi-lo junto com outro homem que estava na festa. Para se defender, Peterson conformou que pegou a faca que estava na porta do carro e passou a desferir facadas em todas as direções na tentativa de afastar as pessoas.
Foi quando, segundo o autor, Everton teria dado uma ‘voadora’ e ele acabou atingindo a faca em cheio na vítima fatal.
Depois que Everton caiu no chão ferido, mais pessoas apareceram e o autor continuou a se defender com a faca para que o grupo mantivesse distância, atingindo assim mais uma pessoa.
Ao perceber que todos se voltaram para a vítima esfaqueada, temendo pela vida, Petterson relatou que entrou no carro com a esposa e fugiu.
Outra versão – Os familiares de Everton contaram à polícia que estavam em uma festa de aniversário do irmão da vítima, quando houve uma briga entre os familiares e uma das adolescentes saiu chorando. Do lado de fora, ela encostou no carro do autor que, de maneira exaltada, teria mandado a menina não encostar veículo.
A adolescente respondeu que não precisava de tudo aquilo e Petterson teria desferido um tapa no rosto dala.
Quando o autor foi estacionar em outro lugar, a menina avisou o pai que foi tirar satisfação junto com os outros parentes da adolescente e a confusão ficou maior.
O delegado afirmou que, em depoimento, a adolescente disse que não chegou a ser atingida pelo tapa, mas se assustou e, chorando, procurou pelo seu pai, que foi tirar satisfação com Petterson.
O autor foi indiciado por homicídio consumado e tentado, já que outra vítima está hospitalizada. Mas por não ser flagrante e como não havia um mandado de prisão contra ela, o rapaz segue em liberdade.
“Neste momento da investigação, ele permanece em liberdade. Porém, não é uma questão fechada. Se surgir um fato novo ou necessidade de acordo com o que a lei estabelece pode ser pedida a prisão dele, mas neste momento, por hora está descartada”, afirmou o delegado.
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