Alvos da operação do Gaeco passam por audiência de custódia e seguem presos
Ação foi deflagrada para desmantelar a organização criminosa que desviou R$ 6 milhões do futebol de MS


O presidente de Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, Francisco Cezário de Oliveira, de 77 anos, preso na manhã de terça-feira (21) passou por audiência de custódia e teve a prisão decretada. Ele e outras 6 pessoas foram presos durante a Operação 'Cartão Vermelho' que foi deflagrada pela equipe do Gaeco em Campo Grande, Dourados e Três Lagoas.
A equipe do Diário Digital apurou que os sobrinhos de Cezário, Francisco Carlos Pereira – estava com uma arma de fogo, Valdir Alves Pereira e Umberto Alves Pereira, que tinham cargos na federação, também irão continuar presos. O filho de Umberto, Marcelo Gustavo, que era responsável pelo financeiro da entidade, também segue preso.

Além deles, o delegado de jogos da FFMS, Aparecido Alves Pereira e o gerente da TI, Rudson Bogarim Barbosa, também passaram por audiência e tiveram a prisão mantida pela justiça. Na data, foram cumpridos 7 mandados de prisão e 14 de busca e apreensão nas três cidades do Estado. Um desses mandados ocorreram na residência de Cezário.
Segundo a investigação, as formas de desvio aconteciam frequentemente com saques da conta da Federação ou da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e, os valores não ultrapassavam a quantia de R$ 5 mil para não chamar atenção. Ao todo, os valores desviados no período de setembro de 2018 até fevereiro de 2023 foram mais de R$ 6 milhões de reais.
Além da casa do presidente, os imóveis de familiares e a sede da Federação passaram por busca policial. O advogado de defesa de Cezário, André Borges, afirmou que o presidente passou por audiência de custódia e continua preso. Contudo, ele por ser advogado, tem direito a cela especial. O presidente, estava no sétimo mandato e foi eleito para ficar no cargo até 2027.
Por meio de nota, a Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte) informou que as denúncias da operação Cartão Vermelho apontam supostos desvios de recursos oriundos da Fundesporte. "Então, esclarecemos que a mesma não é alvo da referida operação e, em tempo, acompanha as investigações e espera que as denúncias sejam apuradas no rigor da lei".
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