Cresce o número de mulheres mortas por filho e irmão, alerta delegada
Estado chegou a marca de 35 feminicídios, 11 em Campo Grande, umas das vítimas foi morta pelo filho que não revelou o motivo do crime
Mato Grosso do Sul chegou a marca de 35 feminicídios, 11 deles foram em Campo Grande, as duas últimas vítimas foram mortas na noite da última sexta-feira (27).
A primeira mulher morta foi identificada como Bruna dos Santos maroto de 26 anos, foi brutalmente assassinada no Bairro Los Angeles, o suspeito é marido de 43 anos que foi preso em flagrante. O segundo caso aconteceu no bairro Parque Residencial União. Mariza Pires, de 66 anos, foi atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) após o filho dela acionar o socorro afirmando que a mãe tinha sofrido um Acidente Vascular Cerebral. No entanto, quando o atendimento chegou ao local, a vítima estava ensanguentada e com um corte profundo na cabeça. Ela não resistiu, e morreu no local.
De acordo com a delegada Analu Ferraz, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), Edvan da Silva, suspeito de matar a Bruna, negou os fatos no primeiro momento, ele relatou que havia ido ao supermercado e quando voltou a mulher já estava morta.
A vítima tem um vasto histórico de boletins de ocorrência por violência doméstica contra Edvan, mas ela sempre retirava a medida protetiva, a última foi em novembro de 2023. Já o filho acusado de matar a mãe de 66 anos, ficou em silêncio e polícia busca entender o que de fato teria acontecido antes da mulher se encontrada morta.
Analu faz um alerta, em 2024 aumentaram o número de feminicídios tentados, casos em que as vítimas chegaram a ficar em estado vegetativo. Além disso, o que chamou atenção é a situação de filho matando mãe, irmão matando irmã. " Em 2024 não foi apenas companheiros que mataram mulheres, mas tivemos muitos casos dos próprios familiares", pontuou a delegada.
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