Polícia

"Aguacate" ameaçou criminosos antes de ser executado na fronteira

"Vocês não são bandidos, são principiantes", disse chefe de pistoleiros em áudio

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Marina Romualdo
"Aguacate" foi encontrado morto (Foto: Divulgação)

Investigações apontam que antes de ser executado, Márcio Ariel Sánchez Giménez, mais conhecido como "Aguacate", de 35 anos, enviou áudios ameaçadores para outros criminosos, em Pedro Juan Caballero. A gravação foi divulgada na última segunda-feira (19) pelo ABC Color.

No áudio, "Aguacete" afirma que "eu posso amanhecer na frente da sua casa, você pode me sentir ao amanhecer e o que vão fazer? Vocês não são bandidos. São principiantes". Márcio era considerado o chefe dos pistoleiros e estava foragido da Polícia Nacional do Paraguai.

"No dia que 'Aguacate' morrer, façam uma reunião e escolham seu líder. Agora mesmo eu sou o chefe, amigo. Vocês não são nada diante de mim", afirmava no áudio.

Já em outro trecho ameaçador, ele diz "vou destroçá-los com fuzil se incomodarem porque ninguém vai salvá-los, nem mesmo se ajoelharem aos pés de Deus, amigo", finalizou Márcio.

O caso – O chefe dos pistoleiros, Marcio Ariel Sánchez Gimenez, foi encontrado morto na manhã desta sexta-feira, 16 de Junho, em Pedro Juan Caballero.

Marcio se tornou pistoleiro antes mesmo de atingir a maioridade em sua cidade natal que é Capitán Bado. Em 2010, o "Aguacate" foi capturado após um confronto com a polícia, no meio de uma investigação por duplo homicídio.

Após ser solto, se mudou para Pedro Juan Caballero e supostamente cometeu vários homicídios encomendados até ser recrutado por um dos maiores traficantes do Paraguai, Jorge Rafaat. Desta forma, tornou-se o "chefe de segurança".

No dia 15 de junho de 2016, Rafaat foi morto e após o assassinato Marcio foi preso. A acusação do promotor, no âmbito da operação "Presa del Norte", afirma que após a execução do traficante "Aguacate" passou a monopolizar o negócio de pistoleiros na fronteira. Entre as vítimas está o ex-vereador, Cristóbal Machado Vera.

O corpo de "Aguacate" foi abandonado nas imediações do Palácio da Justiça da cidade paraguaia. Ele estava com cerca de 30 ferimentos de disparos de arma de fogo, possivelmente de pistola calibre nove milímetros.

Na data, o cadáver foi encontrado envolto em uma manta laranja. A Polícia Nacional estima que Aguacate foi retirado da casa dele, no bairro Ciudad Nueva, pela noite, executado em outro local e abandonado na região central de Ponta Porã durante a madrugada. O corpo foi encontrado por volta das 07h.
 

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