Polícia

Advogado de defesa do padrasto de Sophia foi preso por pedofilia em 2020

Renato Cavalcante Franco foi preso durante operacão da DEPCA, na Capital

|
Marina Romualdo
Na época, polícia encontrou 100 gigas de arquivos em seu computador (Foto: Bruno Barros/Arquivo)

O advogado, Renato Cavalcante Franco, que defende Christian Campocano Leitheim, de 25 anos, que e acusado de estuprar e matar a menina Sophia de Jesus Ocampo, de apenas 2 anos de idade, já foi preso por pedofilia em 2020.

Na época, ele foi preso durante uma operação da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) que deflagrou o combate à pedofilia na internet. Com ele, mais de 100 gigas de arquivos foram encontrados.

Durante a prisão, o advogado que também e ex-militar reformado afirmou que estava com o material, pois, apresentaria um trabalho na faculdade. No entanto, ele foi solto em 2021, apos o habeas corpus da Justiça.

Conforme as informações apuradas pelo Diário Digital, ele teve a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB) cassada e segue atuando na advocacia com a carteira da OAB de Santa Catarina (SC).

A equipe do DD tentou contato, mas o espaço segue aberto para qualquer manifestação pelo assunto.

Caso Sophia – A pequena foi assassinada pela própria mãe, Stephanie de Jesus da Silva e pelo padrasto, Christian Campocano Leitheim, no dia 26 de Janeiro.

O laudo de necrópsia confirmou que a Sophia foi morreu em decorrência de um traumatismo raquimedular, isto é, lesão na coluna vertebral. Foi constatado também que a criança também foi estuprada porém, “não recente”. Além disso, a bebê foi morta entre 9h e 10h, mas só foi levada para unidade de saúde às 17h.

Na tarde do dia 26 de fevereiro, a mãe da pequena a levou já morta à UPA Coronel Antonino na Capital. A criança tinha várias lesões pelo corpo e as partes íntimas pareciam excessivamente dilatadas. A suspeita de estupro foi confirmada.

Ao ser informada sobre o óbito, a mãe não teria esboçado surpresa ou remorso, segundo descreve o registro policial. A Polícia Civil afirma que as investigações apontam que o padrasto teria orientado a genitora a dizer que a criança “caiu do playground [parquinho]”.

Investigadores do Grupo de Operações e Investigações (GOI) foram acionados até a UPA. A princípio, a mãe negou que agredia a menina. Relatou que trabalhava durante o dia e que a filha ficava sob cuidados do padrasto. Então, apontou que o homem batia na menina com tapas e socos, para “corrigi-la” e afirmou, inclusive, que participava das agressões.

Durante as investigações, o que chamou atenção da Polícia Civil é que a menina havia sido atendida mais de 30 vezes na unidade de pronto atendimento. Inclusive, em uma delas, a criança estava com a perna quebrada. Com a apuração, foi constatado que a pequena teve a perna quebrada com um chute do padrasto, Christian.

Com todas as constatações, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) denunciou Stephanie e Christian por homicídio triplamente qualificado e estupro de vulnerável. Além do homicídio, Stephanie foi denunciada pela omissão de socorro da menina.
 

Veja Também

Suspeitos de duplo homicídio prestam depoimento e são liberados

Mulher denuncia a própria irmã por incêndio em residência após discussão

Após comprar notebook por R$ 1,3 mil, homem é preso por receptação

Ladrão atola carro em lamaçal e acaba preso pela polícia