Advogada do PCC é transferida para presídio na Capital
Kássia Regina Brianez Trulha de Assis foi presa durante operação da PF em Três Lagoas
A advogada Kássia Regina Brianez Trulha de Assis, de 41 anos de idade, foi presa durante a operação 'Anjos da Guarda' da Polícia Federal deflagrada na manhã de quarta-feira (10), em Três Lagoas (MS). Ela foi transferida para Presídio Militar Estadual de Campo Grande (MS).
A ação teve como objetivo desmantelar o plano de resgate de líderes de organização criminosa presos nas Penitenciárias Federais de Brasília (DF) e Porto Velho (RO). Segundo a PF, os advogados visitaram o presídio para atender os clientes e se comunicavam em códigos.
Desta forma, a polícia descobriu que o plano contava com uma rede de comunicação estabelecida entre advogados que extrapolavam as suas atividades legais ao transmitir tanto as cobranças dos custodiados quanto os retornos das mensagens dos criminosos envolvidos no resgate.
No entanto, foi apurado que além dos provável resgate dos presos, a organização criminosa pretendia sequestrar autoridades para conseguir a soltura de criminosos dentre as outras ações. Entre os presos estão Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, Cláudio Barbará da Silva, o Barbará, e Valdeci Alves dos Santos, o Colorido. Valdeci, foi preso em abril deste ano e era um dos mais procurados chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC) do país.
Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB) informou na quarta-feira (10) que está acompanhando as investigações.
"A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul, vem a público informar que está acompanhando as investigações decorrentes da denominada Operação ‘Anjos da Guarda’, deflagrada pelo Departamento de Polícia Federal nesta quarta feira (10), na qual foram cumpridos mandados de busca e apreensão e prisão cautelar em desfavor de advogados do Estado.
A OAB/MS reafirma seu compromisso com o Estado Democrático de Direito, motivo pelo qual continuará acompanhando o caso para que todas as responsabilidades sejam esclarecidas, inclusive encaminhando as informações pertinentes à Comissão específica e ao Tribunal de Ética e Disciplina", diz o comunicado.
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