Acusados de matar Sophia devem ser interrogados em audiência de instrução e julgamento
Juiz designou o dia 28 de setembro para ouvir a última testemunha e, em seguida, mãe e padrasto devem ser ouvidos
Stephanie de Jesus da Silva, de 24 anos e, Christian Campocano Leitheim, de 25, que são acusados pela morte da pequena Sophia de Jesus Ocampo, de apenas 2 anos de idade, serão interrogados no dia 28 de Setembro, durante a audiência de instrução e julgamento pela 2° Vara do Tribunal do Júri.
Desta forma, para seguir com o atos processuais que estão pendentes, o juiz Aluízio Pereira dos Santos designou o interrogatório dos réus para o dia 28 de Setembro, no qual, será ouvida uma única testemunha de defesa. Em seguida, Stephanie e Christian também poderão ser ouvidos.
Além disso, o processo que estava em sigilo e segredo de justiça, foi retirado. Sendo assim, o processo será de acesso público já que o processo é de interesse público. Porém, será mantido em sigilo apenas depoimentos de crianças e adolescentes, bem como laudos periciais ou fotos que exponham a vítima dandose acesso apenas às partes.
Relembre o caso – A pequena foi assassinada pela própria mãe, Stephanie de Jesus da Silva e pelo padrasto, Christian Campocano Leitheim, no dia 26 de Janeiro.
O laudo de necrópsia confirmou que a Sophia foi morreu em decorrência de um traumatismo raquimedular, isto é, lesão na coluna vertebral. Foi constatado também que a criança também foi estuprada porém, “não recente”. Além disso, a bebê foi morta entre 9h e 10h, mas só foi levada para unidade de saúde às 17h.
Na tarde do dia 26 de fevereiro, a mãe da pequena a levou já morta à UPA Coronel Antonino na Capital. A criança tinha várias lesões pelo corpo e as partes íntimas pareciam excessivamente dilatadas. A suspeita de estupro foi confirmada.
Ao ser informada sobre o óbito, a mãe não teria esboçado surpresa ou remorso, segundo descreve o registro policial. A Polícia Civil afirma que as investigações apontam que o padrasto teria orientado a genitora a dizer que a criança “caiu do playground [parquinho]”.
Investigadores do Grupo de Operações e Investigações (GOI) foram acionados até a UPA. A princípio, a mãe negou que agredia a menina. Relatou que trabalhava durante o dia e que a filha ficava sob cuidados do padrasto. Então, apontou que o homem batia na menina com tapas e socos, para “corrigi-la” e afirmou, inclusive, que participava das agressões.
Durante as investigações, o que chamou atenção da Polícia Civil é que a menina havia sido atendida mais de 30 vezes na unidade de pronto atendimento. Inclusive, em uma delas, a criança estava com a perna quebrada. Com a apuração, foi constatado que a pequena teve a perna quebrada com um chute do padrasto, Christian.
Com todas as constatações, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) denunciou Stephanie e Christian por homicídio triplamente qualificado e estupro de vulnerável. Além do homicídio, Stephanie foi denunciada pela omissão de socorro da menina.
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