Trinta e dois milhões de Aedes aegypti com Wolbachia foram soltos em Campo Grande
Método tem o objetivo de diminuir a proliferação dos vírus dentro do mosquito
A quarta fase do projeto Wolbachia já liberou, em 33 bairros na Capital, trinta e dois milhões de wolbitos, que são mosquitos da dengue com a bactéria Wolbachia. O objetivo é reduzir os casos de Dengue, Zika e Chikungunya.
Segundo o secretário de Estado de Saúde, Flávio Britto, comprovada a eficácia do projeto, o objetivo agora é expandir a iniciativa para outras cidades do Estado que também sofrem com estes casos. Porém, a participação da população para manter os quintais, calhas e caixas d’águas limpos é fundamental.
Quando concluídas as quatro primeiras fases do projeto, que consistem na distribuição do mosquito nos bairros, e o monitoramento dos resultados, terá início a quinta fase, prevista para Julho desse ano, com o engajamento comunitário, envolvendo 21 bairros, principalmente da região central.
Em Campo Grande, a previsão é finalizar o projeto até fevereiro de 2023, com monitoramento e entrega de resultados ocorrendo até janeiro de 2024.
Método Wolbachia - a Wolbachia é uma bactéria intracelular presente em 60% dos insetos da natureza, mas que não estava presente no Aedes aegypti. Quando presente no mosquito, ela impede que os vírus da Dengue, Zika, Chikungunya e febre amarela se desenvolvam. Não há modificação genética nem no mosquito, nem na bactéria.
O Método Wolbachia consiste na liberação de Aedes aegypti com Wolbachia para que se reproduzam com os Aedes aegypti locais e gerar uma nova população destes mosquitos, todos com essa bactéria. Com o tempo, a porcentagem de mosquitos que carregam a Wolbachia aumenta, até que permaneça alta sem a necessidade de novas liberações.
Desenvolvido na Austrália pelo World Mosquito Program, o Método Wolbachia é uma iniciativa internacional sem fins lucrativos que trabalha no combate às doenças transmitidas por mosquitos. Atualmente operando em 12 países, em mais de 20 cidades, o método tem apresentado resultados promissores nas diferentes localidades.
No Brasil, o método é implementado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com financiamento do Ministério da Saúde, em parceria com governos locais. Atualmente, o método do WMP está sendo implementado nas cidades de Campo Grande (MS), Petrolina (PE) e Belo Horizonte (MG), com financiamento do Ministério da Saúde e em parceria com os governos locais e diversos outros parceiros regionais.
(Com informações de Governo do Estado)
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