Interior

Bolívia suspende exportação de alimentos para garantir comida à população

Greve, sem previsão de término, é motivada pela vontade popular de realização do Censo Demográfico em 2023

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Isabela Duarte
Ministro do Desenvolvimento Produtivo anunciando suspensão temporária de exportações (Foto: Divulgação/ Diário Corumabense)

Bolívia suspende exportação de soja, açúcar, óleo e carne bovina após seis dias de manifestação e bloqueio da fronteira com Corumbá (MS). Ministro do Desenvolvimento Produtivo do país, Néstor Huanca, afirma que a medida é para garantir a segurança alimentar.

"A medida já está em vigor desde a zero hora desta quinta-feira, 27 de outubro, e segue até que as condições normais de abastecimento sejam restabelecidas para toda a população boliviana”, disse o ministro.

A greve não tem previsão de término e ocorre no estado de Santa Cruz de la Sierra pela realização do Censo Demográfico em 2023.

Néstor Huanca culpou os representantes da Comissão Interinstitucional promotora do Censo e da Comissão Cívica de Santa Cruz pelas consequências da paralisação do setor produtivo e da ameaça à segurança alimentar da população.

O Ministro do Desenvolvimento Produtivo fez um apelo “à reflexão” às lideranças cívicas e às autoridades departamentais de Santa Cruz para iniciar um diálogo que permita à população boliviana retomar a produção e o fornecimento de alimentos de forma regular e irrestrita.

Entenda o caso - A fronteira da Bolívia com Corumbá está fechada desde sábado (22). Só a passagem de pedestres é permitida. A ação é uma das medidas extremas para pressionar o governo a realizar o Censo Demográfico em 2023 e não em 2024, para ser possível observar novo pacto fiscal antes do próximo período eleitoral.

Com a fronteira da Bolívia fechada, comerciantes de Corumbá (MS) estão sentindo os impactos do protesto, uma vez que os bolivianos movimentam as vendas, principalmente nas lojas da região central e supermercados.

O impasse gerou conflito entre os que apoiam e são contrários à greve, na noite de sexta-feira (21), em Puerto Quijarro, que faz fronteira com Corumbá. Julio Pablo Taborga, que era funcionário da Prefeitura daquela cidade, acabou morto. Três suspeitos foram presos e transferidos para Santa Cruz de la Sierra. 

(Com informações de Diário Corumbaense)

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