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Vida de soldado sobrevivente da Segunda Guerra vira livro no MS

Obra "Soldado Justino: um sobrevivente da FEB" é assinada pelo jornalista e historiador, Helton Costa

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Redação
(Foto: Divulgação)

A história de vida de Justino Pires de Arruda, 103 anos, morador de Ponta Porã e um dos últimos ex-combatentes da Força Expedicionária Brasileira – FEB, ainda vivos no Mato Grosso do Sul, se transformou em livro.

A obra "Soldado Justino: um sobrevivente da FEB" tem a assinatura do jornalista e historiador, Helton Costa e é fruto de entrevistas, pesquisas em arquivos oficiais no Exército e biografias. O texto começa com Justino servindo no quartel em Ponta Porã, no antigo 11º Regimento de Cavalaria, que agora é o 11º Regimento de Cavalaria Mecanizada. Ele estava prestando serviço ativo, quando foi convocado para a guerra e, mesmo relutante, precisou aceitar o chamado. Foi incluído no primeiro escalão, como parte da 4ª Companhia/II Batalhão do 6º Regimento de Infantaria.

Justino participou de batalhas e foi ferido em combate, por conta de um estilhaço. Mesmo assim, sobreviveu e lutou até os últimos dias, quando toda uma Divisão alemã se rendeu aos brasileiros, em Fornovo di Taro.

Justino é natural de Amambai, mas depois da guerra foi morar em Ponta Porã, cidade em que reside até hoje com a família. “A biografia do Justino é interessante do ponto de vista humano e militar, porque ele representa bem os soldados que saíram do atual Mato Grosso do Sul para enfrentar os exércitos de Hitler. Eram jovens simples, boa parte moradores da zona rural, que foram arrancados de suas famílias por quase um ano e vivenciaram uma experiência marcante em suas trajetórias”, explica Helton, que se tornou amigo do pracinha.

O MS na guerra - O Mato Grosso do Sul perdeu 10 soldados na Segunda Guerra Mundial, aproximadamente 5% dos mais de 200 homens que embarcaram para a Itália. A Engenharia de Combate da FEB também esteve sediada no estado, em Aquidauana, e no auge reuniu quase de 800 soldados de todo o país.

Além dos 10 mortos, dezenas de outros pracinhas do Mato Grosso do Sul foram feridos e alguns deles enfrentaram sérios problemas psicológicos no pós-conflito.  Como Justino ainda mora no bairro São João, em Ponta Porã, ele mesmo revisou a obra, conferindo locais e pessoas que descreveu nas conversas com o Helton.

A obra pode ser adquirida pelo link: https://clubedeautores.com.br/livro/soldado-justino-um-sobrevivente-da-feb

Sobre o autor: Helton é douradense criado em Ponta Porã; é Doutor em Comunicação e Linguagens, mestre em Comunicação, especialista em Estudos da Linguagem, bacharel em Jornalismo e licenciado em História. Pós-doutor em História pela Universidade Federal do Paraná (2016). Autor de “Confissões do Front: soldados do Mato Grosso do Sul na II Guerra Mundial”, de “Crônicas de sangue: jornalistas brasileiros na II Guerra Mundial”, de “Dias de Quartel e guerra: diário do Pracinha Mário Novelli”, de “Camarada pracinha, amigo partigiani: anotações brasileira sobre a resistência italiana na II Guerra Mundial” e de “Soldado 4.600: vida e luta do pracinha Manoel Castro Siqueira”.

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