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Vacina contra dengue chega a Campo Grande

Imunizante protege contra todos os quatro tipos do vírus e está disponível na rede particular

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Redação
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Nova vacina foi produzida a partir do tipo 2, vírus mais grave da doença (Foto: Divulgação)

 A vacina QDENGA (TAK-003) contra a dengue já chegou em Campo Grande (MS) e está disponível na rede particular. O imunizante é produzida pelo laboratório Takeda e já licenciada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo o fabricante, ela protege contra todos os quatro tipos do vírus causadores da doença.

Em Campo Grande, o imunizante está disponível na unidade do Sabin Diagnóstico e Saúde da Avenida Afonso Pena, N° 3.813 - Jardim dos Estados, segundo informação repassada pelo laboratório Sabin ao Diário Digital. Aliás, no site do Sabin é possível verificar informações sobre a vacina e a disponibilidade em cada região, inclusive, os preços praticados. 

A dengue é reconhecida como uma das principais causas de doenças graves com morte em crianças em alguns países da Ásia e da América Latina. Não existe tratamento específico para as formas de dengue ou dengue grave. A Organização Mundial da Saúde - OMS recomenda, além da vigilância epidemiológica, o diagnóstico e atendimento médico precoces e adequados para redução da mortalidade.

Ainda de acordo com o laboratório, a vacina é indicada para pessoas de 4 a 60 anos de idade independente de já terem tido dengue ou não. A nova vacina foi produzida a partir do tipo 2, vírus mais grave da doença, e faz proteção contra os quatro tipos de vírus - DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4 - sendo os tipos 1, 2 e 4 os mais comuns no Brasil. 

Já o tipo 3 não causa epidemias no país há cerca de 15 anos. Especialistas observam que quando uma situação como essa acontece, de um sorotipo ser introduzido ou voltar a circular, aumentam as chances de um surto ou epidemia, porque há muitas pessoas sem defesas contra aquele tipo de vírus da dengue.

“Como existem quatro sorotipos de vírus da dengue, quando a pessoa é contaminada, fica imune (protegido) àquele tipo específico, por exemplo o DENV1. Mas pode contrair novamente a doença pelos outros tipos do vírus. A nova vacina mostrou-se eficaz na proteção contra todos os sorotipos”, explica a consultora de Imunização do Sabin Diagnóstico e Saúde, a médica infectologista Ana Rosa dos Santos.

O novo imunizante  previne cerca de 80% dos casos gerais de dengue, cerca de 15% a mais do que vacinas anteriores, e redução em mais de 90% da hospitalização. O esquema vacinal é reduzido, necessita de duas doses, com intervalo de dois meses entre elas. 

A nova vacina, no entanto, não elimina a necessidade de adoção das outras medidas que evitam a proliferação do mosquito. Eliminar os criadouros do inseto continua sendo a forma mais eficaz de se evitar a Dengue, ao mesmo tempo a Zika e a Chikungunya, que também são transmitidas pelo Aedes. Encher os pratinhos dos vasinhos de plantas com areia, tampar caixas d’água, cisternas e quaisquer reservatórios de água, limpar calhas e ralos, guardar garrafas e outros recipientes com a boca para baixo, são algumas das medidas que impedem a reprodução do mosquito.

Dengue nas Américas - Em 2023, até a Semana Epidemiológica 21 (27 de maio), dos 1.994.088 casos de dengue notificados na Região das Américas, 775.369 (38,9%) foram confirmados laboratorialmente e 2.597 (0,13%) foram classificados como dengue grave. O maior número de casos de dengue foi observado no Brasil, com 1.515.460 casos, seguido pela Bolívia, com 126.182 casos, e pelo Peru, com 115.949 casos. Em relação aos casos de dengue grave, um número maior de casos também foi observado no Brasil.

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