Três homens são julgados por homicídio de decapitado pelo PCC
Vítima ficou oito meses desaparecida antes de ser encontrada morta

Rafael Aquino de Queiroz, Adson Vitor Farias e Eliezer Nunes Romero comparecem nesta quarta-feira (9) para julgamento pelo homicídio de Sandro Lucas de Oliveira, conhecido como "Alemãozinho", em 2020. A vítima ficou oito meses desaparecida antes de ser encontrada morta. Ele foi decapitado e enterrado durante o "Tribunal do Crime" do Primeiro Comando da Capital (PCC).
O primeiro a ter espaço para depoimento foi Rafael. O réu, porém, negou-se a falar e afirmou que prefere ficar em silêncio sobre o caso. Já Adson, natural de Minas Gerais, disse não ter envolvimento com o PCC e sequer conhecer a vítima.
O réu, conhecido como "ladrão de almas", contou que veio a Campo Grande para cuidar de uma tia, que morreu de câncer em 2019. Quando indagado sobre Sandro, Adson disse não ter qualquer relação com a vítima, apenas que cuidava de um ferro-velho antes de ser preso e que viu um carro preso levando "Alemãozinho" no dia do desaparecimento.
Durante depoimento, Adson também negou envolvimento com o PCC e disse que não participou do Tribunal do Crime porque "não tinha cargos suficientes", então apenas ficou na rua cuidando dos carros.
Antes de desaparecer, "Alemãozinho" chegou a espalhar pela Capital que fazia parte do Comando Vermelho (CV) facção criminosa rival e por isso, entrou na mira do PCC. Isso foi afirmado por um adolescente, de 17 anos, também envolvido no crime, quatro dias antes do corpo de Sandro ser encontrado. O menino foi inocentado da participação no crime pela Vara da Infância e da Adolescência.
(Foto: Luciano Muta) (Foto: Luciano Muta) (Foto: Luciano Muta)
Sete pessoas são acusadas de envolvimento na execução de Sandro. Outro participante que não foi identificado morreu em meio ao trabalho investigativo, conforme apontam policiais.
Entenda o caso - Sandro Lucas de Oliveira tinha 24 quando foi morto e decapitado por membros da facção durante o Tribunal do Crime. Ele foi jurado de morte pelos integrantes por espalhar que era membro do CV e vender drogas em área inimiga.
A vítima foi sequestrada pelo grupo em 8 de dezembro de 2019, na Praça do Bairro Nova Campo Grande. De acordo com o inquérito, "Alemãozinho" foi levado para uma estrutura nos fundos de frigorífico, na Vila Popular, porém o local entrou em curto-circuito e a execução ocorreu em chácara abandonada, no Parque dos Poderes.
Ele ficou oito meses desaparecido antes de ser encontrado, em julho de 2020. Conforme investigações, o jovem foi decapitado por Sidney de Jesus Rerostuk, de 27 anos, que foi preso por equipes da Delegacia Especializada de Homicídios (DEH) e aguarda julgamento.
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