Diário Digital
 
Geral

Trabalhador com doença do "fogo selvagem" consegue aposentadoria

Justiça do Trabalho reconheceu direito do homem de 63 anos ao benefício

|
Redação
AddThis Website Tools
(Foto: Arquivo/Diário Digital)

A Décima Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) determinou que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) conceda aposentadoria por invalidez a um trabalhador rural com pênfigo foliáceo endêmico. A doença autoimune, conhecida como “fogo selvagem”, causa bolhas e feridas na pele.

Para os magistrados, ficaram demonstradas a qualidade de segurado e o cumprimento da carência.  

O desembargador federal relator, Baptista Pereira, ponderou que o julgador não está vinculado apenas à prova pericial para a formação do convencimento. Laudo médico havia apontado que a enfermidade não acarreta incapacidade.

“O autor, por ocasião da cessação do auxílio-doença, estava em tratamento, com períodos de reagudização (agravamento) da doença e impossibilitado de exercer suas atividades rurais expostas ao sol”.

Segundo o magistrado, o exame de incapacidade deve considerar o conjunto de provas e as condições pessoais.

“Analisando a natureza da patologia, a idade (63 anos), a atividade habitual (trabalhador rural) e o longo período de benefício por incapacidade (nove anos), é de se reconhecer o seu direito ao restabelecimento do auxílio-doença e a sua conversão em aposentadoria por invalidez”, fundamentou.

O homem ajuizou a ação em julho de 2019. Após a Justiça Estadual de Aquidauana/MS, em competência delegada, ter julgado o pedido improcedente, ele recorreu ao TRF3.  

A Décima Turma, por unanimidade, determinou que o INSS restabeleça o auxílio-doença desde 26/4/2019 e converta em aposentadoria por invalidez a partir de 13/12/2022, data de julgamento do acórdão.

Veja Também

Senac MS conquista 1º lugar na categoria Legado em programa nacional

Relatório da CPI das Bets terá propostas para combater vício em apostas

Governo quer conectar todas Unidades de Saúde Indígena até 2026

Comissão debate no dia 23 na Casa de Leis demandas das mães atípicas

AddThis Website Tools