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'Tínhamos sonhos pra ela e com ela', diz pai de Sophia no dia que completaria 3 anos

Sophia de Jesus Ocampo teve a vida ceifada pela mãe e pelo padrasto no dia 26 de janeiro

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Marina Romualdo
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Pais relembram alegria contagiante de Sophia (Foto: Luciano Muta)

"Tínhamos sonhos pra ela e com ela, só que de repente a gente não tem mais esses sonhos", essa frase é do pai da Sophia de Jesus Ocampo, que morreu após ser estuprada e morta pelo padrasto, Christian Campocano Leitheim, de 25 anos e mãe, Stephanie de Jesus da Silva, de 24 anos, em Campo Grande (MS). Nesta sexta-feira, 02 de Junho, a pequena estaria comemorando seus 3 anos de idade.

Jean Carlos Ocampo afirma que não terá mais os sonhos com a filha e o marido, Igor de Andrade relata que transformou a dor em luta. "Ficamos sem palavras, nós programamos para tudo e isso foi tirado da gente. Então, transformamos a nossa dor nessa luta".

A pequena que estava na fase de gostar de peixes e teria uma festa temática com o fundo do mar. Porém, teve a sua infância tirada no dia 26 de Janeiro, quando foi levada já sem vida para UPA Coronel Antonino da Capital.

O laudo de necrópsia confirmou que a Sophia foi morreu em decorrência de um traumatismo raquimedular, isto é, lesão na coluna vertebral. Foi constatado também que a criança também foi estuprada porém, “não recente”. Além disso, a bebê foi morta entre 9h e 10h, mas só foi levada para unidade de saúde às 17h.

Sophia de Jesus Ocampo de apenas 2 anos e sete meses foi morta pela mãe e pelo padrasto (Foto: Reprodução/Rede Social)

Na tarde da quinta-feira (26) a mãe da pequena a levou já morta a unidade de saúde. A criança tinha várias lesões pelo corpo e as partes íntimas pareciam excessivamente dilatadas. A suspeita de estupro foi confirmada.

Ao ser informada sobre o óbito, a mãe não teria esboçado surpresa ou remorso, segundo descreve o registro policial. A Polícia Civil afirma que as investigações apontam que o padrasto teria orientado a genitora a dizer que a criança “caiu do playground [parquinho]”.

Investigadores do Grupo de Operações e Investigações (GOI) foram acionados até a UPA. A princípio, a mãe negou que agredia a menina. Relatou que trabalhava durante o dia e que a filha ficava sob cuidados do padrasto. Então, apontou que o homem batia na menina com tapas e socos, para “corrigi-la” e afirmou, inclusive, que participava das agressões.

Durante as investigações, o que chamou atenção da Polícia Civil é que a menina havia sido atendida mais de 30 vezes na unidade de pronto atendimento. Inclusive, em uma delas, a criança estava com a perna quebrada. Com a apuração, foi constatado que a pequena teve a perna quebrada com um chute do padrasto, Christian.

Com todas as constatações, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) denunciou Stephanie e Christian por homicídio triplamente qualificado e estupro de vulnerável. Além do homicídio, Stephanie foi denunciada pela omissão de socorro da menina. Os dois continuam presos pelo crime. 
 

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