Sorotipo 3 da dengue reaparece na Capital após 18 anos
Reintrodução do vírus pode representar grande risco à saúde pública; ações de combate são reforçadas


Campo Grande (MS) confirmou recentemente o primeiro caso positivo do sorotipo 3 da dengue, vírus esse que não circulava na Capital há 18 anos. Para as autoridades de saúde, a reintrodução desse vírus pode representar um grande risco à saúde pública.
“Possuímos uma população muito grande que nunca foi exposto a esse vírus, então as chances de aumento no número de notificações são realmente preocupantes”, comenta a superintendente de vigilância em saúde, Veruska Lahdo.
O DENV-3 é considerado um dos sorotipos mais virulentos do vírus da dengue, ou seja, tem maior potencial de causar formas graves da doença. Estudos indicam que, após a segunda infecção por qualquer sorotipo, há uma predisposição para quadros mais graves, independentemente da sequência dos sorotipos envolvidos.
No entanto, os sorotipos 2 e 3 são frequentemente associados a manifestações mais severas. A introdução de um novo sorotipo em uma população previamente exposta a outros tipos pode levar a epidemias significativas.
No Brasil, por exemplo, o aumento da incidência da doença entre 2000 e 2002 foi associado à introdução do DENV-3, elevando o risco de epidemias de dengue e febre hemorrágica da dengue.

Notificações - Até 11 de fevereiro, Campo Grande contabilizou 517 notificações de dengue, segundo boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau). A prefeitura intensificou as ações de combate ao Aedes aegypti, transmissor da doença, incluindo visitas às residências, orientações à população e aplicação de fumacê. A Sesau reforça a importância da eliminação de criadouros do mosquito, especialmente durante o período chuvoso, como forma de prevenção.
“Entretanto, é importante a gente lembrar que a principal forma de combate é evitar a procriação do mosquito, então, dez minutinhos na semana são suficientes para que a gente consiga limpar todos os possíveis criadouros do mosquito”, explica a secretária municipal de saúde, Rosana Leite.
Neste período de chuvas, é imprescindível que cada cidadão cuide do próprio quintal e verifique possíveis acúmulos de água para evitar a formação de criadouros do mosquito. Com a união entre o poder público e a sociedade, é possível reduzir a incidência de doenças.
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