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Sem limpeza, terreno no Nova Lima vira ponto de usuários de drogas e foco de dengue

Moradores próximos a terreno baldio na rua Gualter Barbosa relatam maior incidência de doenças e furtos na região

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Suzy Jarde e Victória de Oliveira
O terreno fica localizado em uma das principais avenidas uqe cruzam o bairro, Nova Lima. (Foto: Luciano Muta)

Moradores da rua Gualter Barbosa, no bairro Nova Lima, tem tido 'dor de cabeça' com um terreno baldio localizado numa das principais vias da região. Como se já não bastasse o matagal, o local passou a ser ponto de encontro de usuário de drogas, entulhos e agora moradores tem enfrentado problemas com a dengue.

Nesta terça-feira (11), após os moradores entrarem em contato com a redação do Diário Digital, fomos conferir de perto as reclamações de quem tem vivido com medo, por conta dos danos e prejuízos do terreno 'abandonado'.

O espaço tem servido como ponto de descarte de lixos e entulhos, atraindo mosquito da dengue.  (Foto: Luciano Muta)

O terreno se trata de uma área privada, porém segundo uma moradora que preferiu não se identificar, contou que diversas vezes já tentou contato com o proprietário, onde o mesmo "prometeu que viria limpar, mas até hoje nada", explica.

Desde de pequena morando na região, a moradora de 30 anos, compartilhou que antes o problema com o terreno era somente o matagal e por outros moradores usar o local como ponto para deixar lixos e entulhos.

Moradores reclamam da falta de limpeza do terreno.  (Foto: Luciano Muta)

Porém segundo ela, a situação tem agravado após o local servir de ponto de encontro de usuários de drogas, que consomem o entorpecente à luz do dia, sem se preocuparem com a circulação de outras pessoas por perto. "As vezes eu passo aqui, 12:00h tem gente consumindo droga e eles nem se incomodam", destaca.

Outro problema ressaltado pelos moradores, é que os mesmo usuários de drogas tem furtados as residências durante o período noturno. "Semana passada, durante a noite pegaram roupas do meu varal, e meus calçados. Mas já teve uma vez que entraram e levaram cadeiras que estavam no quintal".

A moradora recorda de outra situação com o terreno, quando uma vez os próprios usuários incendiaram o local, causando pânico em toda a vizinhança.

Nossa redação, entrou em contato com um número de telefone disponibilizado em uma placa na frente do terreno. O contato se tratava de uma imobiliária que seria a responsável pelas negociações de venda do imóvel. Este nos informou que entraria em contato com o proprietário do terreno avisando-o sobre a situação de manutenção e limpeza do local. 

Foto: Luciano Muta

Sobre  presença de pessoas consumindo drogas no local, entramos em contato com a Secretária de Assistência Social que informou: 

“A equipe especializada em abordagem social esteve no local nos períodos diurno e noturno, porém não foi possível realizar a oferta de serviços porque a equipe constatou que os usuários que estavam no local não eram moradores em situação de rua, mas sim, usuários que utilizam o espaço para o consumo de drogas. Nesse caso é necessário verificar com a policia se esta sendo feita alguma ronda no local ou se tem alguma outra ação em andamento porque para nossa equipe se aproximar é preciso que não haja riscos para os profissionais. É mais uma questão de policiamento mesmo".

Em contato com o órgão de fiscalização dos terrenos baldios do munícipio, a Semadur - Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Gestão Urbana, nos informou que, o proprietário será notificado e terá um prazo para que seja feita a manutenção e limpeza do terreno. 

Transcorrido o prazo da notificação, o auditor fiscal  retorna ao local para uma nova vistoria, caso não tenha sido cumprida a notificação, o proprietário então é autuado (multado), de acordo com o Código de Polícia Administrativa do Município. 

A Semadur ainda pontua que não tem a competência legal de realizar a limpeza de terrenos. O mesmo cabe aos proprietários dos imóveis. 

*A reportagem entrou em contato com a Guarda Municipal para apurar ações quanto à presença dos usuários de drogas nos arredores do terreno baldio, porém, até a publicação desta, não obteve retorno. 

 

 

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