Diário Digital
 
Geral

Reprodução desordenada de animais passa a ser maus-tratos em nova lei

Controle populacional evita o abandono de cães e gatos, que acabam morando nas ruas ou em abrigos

|
Redação
AddThis Website Tools
(Foto: Divulgação)

Foi sancionada a lei complementar nº 526, de autoria do professor André  Luís, que altera o Sistema de Guarda Responsável de Cães e Gatos, regras de registro, passeio, infrações e penalidades. Com a alteração realizada pelo vereador, agora, a reprodução desenfreada de animais é considerada maus-tratos em Campo Grande (MS).

De acordo com André Luis, esta sanção representa um importante avanço para o bem-estar animal e para saúde geral do ser humano, já que o controle populacional evita o abandono de cães e gatos, que acabam morando nas ruas ou em abrigos, sobrecarregando os protetores.

“A reprodução desenfreada é um problema sério de saúde pública. A falta de controle sobre a procriação dos animais pode levar a um número grande de filhotes abandonados pelas ruas,” afirma o vereador.

O parlamentar explica que animais sem tutores são negligenciados e, por falta dos cuidados necessários, podem virar hospedeiros das mais diversas doenças, o que prejudica a saúde tanto do pet quanto dos seres humanos que dividem espaço com eles.

André Luis destaca também que estabelecer regras sobre o tema é, de certa forma, mais eficiente que apenas implantar políticas voltadas para a conscientização dos tutores, uma que vez que a velocidade de reprodução desses animais é superior à de outros seres vivos, justificando a importância da castração como o meio mais eficiente para o controle populacional de cães e gatos.

Professor André  Luís, autor do projeto de lei (Foto: Divulgação)

Na justificativa do projeto de lei, o parlamentar aponta que a falta de controle populacional gera um ciclo vicioso, já que filhotes indesejados geralmente são abandonados e raramente passam por esterilização. Assim, podem gerar mais crias, que também crescem sem cuidados, contribuindo para uma superpopulação de gatos ou de cachorros.

O controle da natalidade ainda visa contribuir com o trabalho das organizações não-governamentais (ONGs) de protetores, cuja maioria não possui mais capacidade de recolher animais, já que os cuidados requerem recursos financeiros e não há qualquer tipo de apoio do poder público.

“A população deve ser conscientizada da necessidade de esterilizar os animais, mesmo os domésticos, para que se ponha fim à cruel e criminosa prática do abandono de filhotes indesejados, que contribui para o aumento de animais de rua e a sua consequente exposição a maus-tratos”, concluiu o vereador.

(Fonte: Assessoria de imprensa parlamentar)

Veja Também

INCA: doação voluntária de sangue é essencial ao tratamento oncológico

Servidores de MS que estavam retidos em Israel desembarcam na Capital

Bacia do Rio Formoso, em Bonito, recebe estudo ambiental da UFRJ

SES formaliza distribuição de remédios no início da sazonalidade da febre maculosa