Diário Digital
 
Geral

Redução nos casos de dengue e óbitos causados pela doença

O saldo positivo é reflexo das ações de enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti

|
Yara Borges
AddThis Website Tools
Estado confirma 48 novos casos de dengue (Foto:Divulgação/ Luciano Muta)

Em 2020 foi registrada uma redução de 30% no número de casos confirmados de dengue em comparação com o ano anterior. O número de óbitos provocados pela doença também é menor, conforme boletim epidemiológico divulgado nesta terça-feira (05), pela Gerência Técnica de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau). O saldo positivo é reflexo das ações de enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti realizadas ao longo do ano, mesmo com a pandemia de Covid-19.

De acordo com os dados da Sesau, de 01 de janeiro a 31 de dezembro de 2019 foram confirmados 19.647 casos de dengue no município de Campo Grande e no mesmo período do ano passado foram contabilizados 13.141 confirmações, o que representa uma redução de aproximadamente 30%. O número de óbitos caiu de oito para sete em 2020.

Em janeiro do ano passado, a Prefeitura de Campo Grande lançou uma megaoperação de combate ao mosquito Aedes aegypti, mobilizando diversas secretarias e instituições públicas e privadas, a fim de reduzir os índices de proliferação do mosquito nas sete regiões do município.

Os trabalhos da “Operação Mosquito Zero – É matar ou morrer” se estenderam até abril  e, durante este período, 41.187 imóveis foram inspecionados, 35.640 mil depósitos e 1.630 focos do Aedes eliminados, além do equivalente a 600 caminhões de materiais inservíveis recolhidos durante as seis etapas da ação, realizadas nas regiões: Imbirussu, Anhanduizinho, Bandeira, Lagoa, Prosa e Segredo. Cerca de 250 servidores de vários órgãos municipais estiveram envolvidos.

A partir de abril do ano passado, as ações coletivas tiveram que ser reduzidas em razão da pandemia de Covid-19, mas o trabalho de rotina realizado pelos agentes de saúde foram mantidos, assim como ações pontuais em locais com índices elevados de proliferação do mosquito e manutenção do uso diário do fumacê.

Nova arma

Em dezembro do ano passado o município inaugurou a biofábrica para produção de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, que introduzidos na natureza irão inibir a transmissão da dengue, zika e chikungunya, entre outras arboviroses, o que deve contribuir na manutenção dos índices estáveis de notificações destas doenças.

As liberações começam inicialmente pelos bairros Guanandi, Aero Rancho, Batistão, Centenário, Coophavila II, Tijuca e Lageado. Nestes bairros, os wolbitos serão liberados semanalmente, durante 16 semanas, por agentes da Prefeitura de Campo Grande. As liberações ocorrem no período da manhã e são feitas por meio de veículos cedidos pela SES.

O trabalho de engajamento comunitário segue em realização, mobilizando equipes de saúde, da rede pública de ensino e lideranças sociais. No próximo semestre, os próximos bairros a receberem os mosquitos são Alves Pereira, Centro Oeste, Jacy, Jockey Club, Los Angeles, Parati, Pioneiros, Piratininga, Taquarussu, Moreninha e Jardim América.

O Método Wolbachia é complementar às demais ações de controle das arboviroses realizadas pela prefeitura. A população deve continuar a realizar as ações de combate à dengue, Zika e chikungunya que já realizam em suas casas e estabelecimentos comerciais.

A iniciativa é uma parceria entre Prefeitura de Campo Grande, Governo do Estado de Mato Grosso do Sul,World Mosquito Program (WMP Brasil), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Ministério da Saúde.

Veja Também

Funsat realiza “Feira Campo Grande em Ação” no Parque Ayrton Senna

Propostas do Judiciário reorganizam serviços extrajudiciais de três comarcas

Atletas de Três Lagoas conquistam seis medalhas no Kombat Festival

Câmara Municipal realiza solenidade para entrega da Medalha Nelson Trad

AddThis Website Tools