Recusada no HR tenta retornar à Capital

Diagnosticada com gastroquise, uma má formação congênita que permitem que as vísceras abdominais, como estômago e intestinos saiam por uma abertura, a pequena Maryáh Alice Vitorya Centurião Amaral luta pela vida desde seu nascimento quando foi descoberto seu problema de saúde. A menina que está com três anos, passou a vida todo no hospital onde realizou várias cirurgias e atualmente está pronta para retornar para Campo Grande. Ela já recebeu alta dos médicos que fizeram seu acompanhamento durante todo esse tempo.
Agora a família da Maryáh luta para trazer a garotinha de volta para Campo Grande. Atualmente, a pequena está internada em um hospital de São Paulo esperando o Hospital Regional de Campo Grande aceitar sua transferência. Desesperada a tia da Maryáh, Manuella Centurião usou as redes sociais para expor o problema. A família que está há mais de um ano tentando trazer a menina de volta para Capital.
Manuella explica que sobrinha nasceu com gastroquise, uma alça intestinal que se desenvolveu fora da barriga dela durante o período da gestação. Quando nasceu fez a primeira cirurgia e retirou quase todo o intestino ficando apenas com cinco centímetros. Chegou a ser desenganada pelos médicos. Na época foi informado que a única chance de salvar sua vida seria um transplante nos Estados Unidos que custaria R$3 milhões.
Depois de três meses de luta, ela foi transferida para São Paulo e lá a família descobriu que não seria só o transplante, mas também a reabilitação poderia salvar. A criança já passou por inúmeras cirurgias e chegou a contrair várias contaminações.
A mãe da pequena já chegou a ver sua filha saindo do pós-operatório praticamente morta. "Deus nunca nós abandonou e hoje está com três anos, em julho completa quatro nessa luta diária. Atualmente ela já pode ir para a casa, mas o hospital de origem que é o Rosa Pedrossian onde ela nasceu se recusa aceitar de volta. Ela já está com quase dois anos de alta e quando vamos lá eles não falam nada, já estamos na justiça, mas até agora nada . Ela só uma criança que precisa ir para casa, conhecer o mundo do lado de fora das janelas de vidro de um hospital", desabafa a tia de Maryáh.
Ainda de acordo com a família, eles procuraram o Hospital Regional Rosa Pedrossian, mas sem sucesso. Lá a resposta foi apenas que os responsáveis deveriam entrar na justiça para pedir a transferência. A negativa do pedido do HR foi encaminhada para o hospital de São Paulo impedindo que a menina volte conviver com os familiares.
Atualmente Maryáh precisa de um aparelho enteral onde alimentação é feita diretamente pela veia e faz uso do gastro por ela não comer pela boca. Todas as crianças que estavam internadas com a pequena foram para casa. É um direito da paciente ter os aparelhos em casa ou no hospital. O estado teria de fornecer, mas até o momento Maryáh não conseguiu.
A reportagem entrou em contato com assessoria do Hospital Regional Rosa Pedrossian até o fechamento da matéria não houve retorno.
Veja Também
Imasul amplia controle ambiental com nova versão do monitor de desmatamento
Prefeitura e SESI de Três Lagoas lançam curso gratuito de robótica com Lego
Fundtur-MS reforça apoio a projeto de robótica em Bonito
Professora garante reconhecimento da etnia indígena da filha em mutirão
