Diário Digital
 
Geral

Quatro brincadeiras afro-brasileiras para divertir as crianças

Educadora física e mestre em educação ensina passatempos que vão reforçar noções de respeito cultural e racial

|
Redação
AddThis Website Tools
(Foto: Divulgação)

É tempo de férias escolares, e para os pais que buscam entreter as crianças e, ao mesmo tempo, garantir tempo livre de qualidade – sem a necessidade de usar tantas telas, por exemplo –, uma boa saída é aprender novas brincadeiras e jogos. Assim, é possível aguçar a criatividade e aumentar o repertório dos pequenos no dia a dia.

A educadora física e mestre em Educação e autora do livro Relações étnico-raciais na educação física escolar, Francine Cruz, sugere alternar brincadeiras clássicas por outras menos conhecidas: ao invés de pique-esconde e pega-pega, por que não brincar de Terra-Mar e Bom Kidi? Confira estas e outras brincadeiras afro-brasileiras e divirtam-se juntos:

1. Pegue o bastão: Esse jogo é uma adaptação de uma brincadeira do Egito. Para jogá-lo será necessário providenciar bastões (ou cabos de vassoura); um para cada jogador. Os participantes devem formar um grande círculo, segurando seus bastões na vertical e a frente, com uma ponta tocando o chão. Quando o mediador gritar "troca", todos deixam seus bastões equilibrados e correm para pegar o próximo à sua direita, antes que ele caia no chão. Quem não conseguir pegar o bastão antes que caia, está fora do jogo. Vence quem se mantiver até o fim sem errar.
Dica: para deixar o jogo mais dinâmico, mude o sentido da troca de bastões; ou aumente gradativamente a distância entre os jogadores.

2. Bon Kidi: assim como diversos jogos de origem africana, este necessita de poucos recursos materiais: um espaço de terra e alguns grãos de milho. Para jogar, trace uma linha reta no chão (linha inicial) e, a uma distância aproximada de três metros, faça um círculo (cinco centímetros de diâmetro). Cada jogador recebe cinco grãos de milho e precisa tentar acertar cada grão no pequeno círculo – muito similar à “bolinha de gude”. Cada um tem direito a uma jogada; caso ninguém acerte o grão no círculo, volta-se à sequência inicial de lançamento, só que, desta vez, o milho poderá ser lançado de onde ele havia parado na jogada anterior. Quem acertar o alvo primeiro ganha todos os milhos da rodada. Terminada a jogada, os competidores voltam à linha de partida e sorteiam para ver quem dará início novamente.

3. Matakunza: este é um jogo que tem regras semelhantes ao brasileiro “bugalha”, “pedrinhas”, “cinco marias” ou “saquinho” (dependendo da região), só que com sementes e um pequeno buraco cavado na terra. O jogo consiste em lançar a semente para o alto e, nesse intervalo de tempo, pegar outra semente e colocar no buraco, agarrando a semente lançada antes que a mesma toque o solo. Após ter colocado todas as sementes no buraco, inicia-se o processo inverso. Caso não seja possível brincar na terra, a versão em uma superfície plana também vale!
Dica: os participantes também podem alterar as regras como: “jogar a semente para cima e pegar com a mão contrária”, “quem deixar cair a semente que jogou, devolver as que ganharam em outras partidas”, etc.

4. Terra-mar: segue a mesma lógica da brincadeira brasileira “morto-vivo” e acontece da seguinte forma: o mediador traça uma linha no chão, com giz ou algo similar e designa um lado da linha para ser a terra e o outro o mar. Em seguida pede que os participantes se posicionem todos do mesmo lado para iniciar a brincadeira. Ao comando do mediador, que irá alternando entre os dois ambientes (terra e mar), todos devem pular para um ou outro lado. Conforme os participantes erram, saem da brincadeira. O ganhador será aquele que permanecer sozinho na terra ou no mar.

Veja Também

'Formigão do Vidro' dá destino correto a toneladas de resíduos em MS

Dourados terá ponto facultativo, mas serviços essenciais funcionam

Páscoa Fantástica no Pátio Central Shopping

Asilo São João Bosco sorteia carro zero para ampliar arrecadação

AddThis Website Tools