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Promulgada Lei Paulo Gustavo, para ações emergenciais à cultura

A lei autoriza repasse de R$ 3,86 bi a estados e municípios para fomento de atividades culturais

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Agência Senado
(Foto: Arquimedes Santos/ Prefeitura de Olinda)

A Lei Complementar 195, de 2022, conhecida como Lei Paulo Gustavo, foi criada para incentivar a cultura no país e garantir ações emergenciais, principalmente causadas pelo período de pandemia da Covid-19, que impactou significativamente o setor.

Publicação da Lei foi realizada na edição extra do Diário Oficial da União desta sexta-feira (8). O presidente Jair Bolsonaro havia vetado totalmente o Projeto de Lei Complementar (PLP), que foi aprovada pelo Senado em Março. Na terça-feira (5), senadores (66) e deputados (356) foram favoráveis à derrubada do veto em sessão do Congresso Nacional.

O chefe do Executivo havia alegado em suas justificativas contrariedade ao interesse público ao criar despesa corrente primária que estaria sujeita a limite constitucional, além de compressão das despesas discricionárias e enfraquecimento de regras de controle, eficiência, gestão e transparência elaboradas para auditar os recursos federais.

Para os senadores Alexandre Silveira e Paulo Rocha, essa norma, além de socorrer o setor cultural, vai fortalecer as economias locais, principalmente com a possibilidade de estados e municípios poderem decidir autonomamente sobre os projetos a serem apoiados.

Repasses - A norma autoriza repasse de cerca de R$ 3,86 bilhões em recursos federais a estados e municípios para fomento de atividades e produtos culturais, como forma de atenuar os efeitos econômicos e sociais da pandemia de covid-19. 

Do total a ser liberado pelo Poder Executivo, cerca de R$ 2,8 bilhões devem ir para o setor de audiovisual; outro R$ 1 bilhão será repartido entre outras atividades culturais. Os repasses deverão ser feitos em até 90 dias após a publicação da lei. 

Os estados e os municípios que receberem os recursos deverão comprometer-se a fortalecer os sistemas estaduais e municipais de cultura existentes ou, se inexistentes, implantá-los, com a instituição dos conselhos, dos planos e dos fundos respectivos de cultura.

Também houve alteração na Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101, de 2000) para que não seja contabilizado na meta de resultado primário as transferências federais aos demais entes da Federação para enfrentamento das consequências sociais e econômicas no setor cultural decorrentes da pandemia.

A verba prevista deve sair do superávit financeiro do Fundo Nacional de Cultura (FNC) e deverá ser operada diretamente por estados e municípios. O nome do projeto homenageia o ator e humorista Paulo Gustavo, que morreu em maio de 2021, vítima da covid-19.

(Com informações de Agência Senado)

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