Projetos de MS avançam para etapa nacional do Prêmio IEL de Talentos 2025
Iniciativas inovadoras representam o Estado em Recife

Dois projetos de Mato Grosso do Sul foram selecionados para a etapa nacional do Prêmio IEL de Talentos 2025, marcada para 3 de dezembro, em Recife (PE). Eles conquistaram a vaga ao vencer a edição estadual, realizada em agosto pelo IEL-MS, que reconhece empresas inovadoras, estudantes e bolsistas que se destacam pela criatividade, dedicação e habilidade de transformar ideias em soluções práticas.
Nesta edição foram recebidas mais de 750 inscrições em todo o país, quase o dobro do ano anterior. Uma novidade de 2025 foi a criação da categoria Sistema S, destinada a reconhecer práticas inovadoras conduzidas por instituições, estagiários e bolsistas dessas entidades. Um dos finalistas dessa categoria é o projeto “Estágio 4Feedstock”, realizado pela Startup Sesi, vinculada ao Sistema Fiems.
A proposta do projeto consistiu em desenvolver uma plataforma de criação de personagens para a empresa Aegea. Com uma equipe de quase 22 mil funcionários, a companhia buscava permitir que seus colaboradores personalizassem seus próprios avatares. Segundo o coordenador Odilon Moura, o resultado possibilitou mais de 3 milhões de combinações diferentes, permitindo representar pessoas com diversas características. A iniciativa envolveu alunos dos cursos de design, design de games e publicidade e propaganda.
“A participação da equipe de estagiários foi crucial para o sucesso do projeto. Cerca de metade da equipe era composta por estagiários, e todos demonstraram grande dedicação, aprendendo novas habilidades e se empenhando ao máximo para viabilizar a entrega. A complexidade e a inovação do projeto são resultado desse esforço conjunto”, enfatizou Moura.
Na categoria Estagiário Inovador, o representante sul-mato-grossense será Matheus Sthanley Ferreira Firme, de 23 anos, com a produção “Do Campo à Ciência: Estágio em Conservação Aplicada”. Durante o estágio no Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS), vinculado ao Projeto Tatu-canastra, o estudante apoiou a gestão de dados da pesquisa.
“Processamos mais de 500 mil imagens de armadilhas fotográficas e dados de GPS de indivíduos monitorados, além de criar guias para capacitar novos estagiários. Publicamos um artigo científico com informações inéditas sobre o comportamento da espécie e levantamos dados da fauna em Unidades de Conservação do Cerrado, como o Parque Natural Municipal do Pombo”, detalhou Matheus.
Para o estudante, ser finalista representa reconhecimento da ciência voltada à conservação. “O prêmio lança luz sobre a biodiversidade brasileira e mostra como a união entre academia e ONGs resulta em avanços reais e mensuráveis. Acredito que, para o IEL, é um sinal de que estão no caminho certo ao reconhecer projetos que, como o meu, unem rigor técnico, inovação em gestão de dados e um profundo propósito socioambiental”, concluiu.
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