Projeto promove ensino e apresentação de harpa em escolas públicas

O Projeto intitulado "Una Aza: Harpas e Naturezas nas Escolas", promovida pelo harpista, compositor e professor de arte, Luciano Ossuna Braza, de 27 anos, realizará quatro vivências artísticas e quatro shows musicais com enfoque na cultura da harpa em quatro escolas públicas de ensino médio em Jardim.

Com o apoio da Polícia Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), o projeto tem como objetivo facilitar o acesso ao instrumento e ao espetáculo de música autoral, instrumental e regional de fronteira, para estudantes jardinenses, com letras que provocam reflexão sobre o meio ambiente e a cultura identitária de Mato Grosso do Sul.

A proposta acontecerá nos meses de Setembro e Outubro para estudantes do ensino médio das escolas estaduais Coronel Juvêncio, Coronel Rufino, Antônio Pinto Pereira e no Instituto Federal de Mato Grosso do Sul de Jardim.

Os alunos terão a oportunidade de ter contato com o recente trabalho autoral de Ossuna Braza, o álbum "Una Aza", com influências de polca rock, MPB e jazz brasileiro, com versões das composições de Helena Meirelles, Geraldo Roca e Geraldo Espíndola. A arte da capa é de autoria do artista plástico.

O nome do álbum é em alusão ao simbolismo da harpa como uma asa d'água advinda da fronteira. Além do show, vivência com o instrumento, com a introdução da harpa para criação de músicas, reflexão sobre identidade e natureza no estado.

Para o artista Ossuna Braza, o projeto, contemplado pela Política Nacional Aldir Blanc de Jardim, tem o intuito de:

"Instigar, valorizar e propagar a cultura da harpa e a criação artística envolta dela, criando novas histórias, novas músicas para o instrumento e quem sabe inciando novos harpista do futuro", pontua.

Sobre o artista - Ossuna Braza, natural de Jardim/MS, já era musicista quando iniciou o estudo da harpa, durante a pandemia. Com o apoio do curso de Artes Visuais que cursava no período, se aprofundou nas pesquisas do instrumento e das culturas das harpas latino americanas, sendo o tema do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) sobre a harpa e o ensino de artes.

Após se formar, em 2022, como professor de arte, realizou uma pós-graduação em práticas criativas em música popular. Em 2023, a harpa tornou-se o foco da sua carreira musica, com composições de peças instrumentais e canções.

O artista, durante apresentações em praças, festas infantis, cerimônias e festivais, percebeu que a harpa possuía uma admiração pelo seu encanto, mistério e beleza, ao mesmo tempo que era desconhecida pela população nas cidades da região sudoeste de Mato Grosso do Sul que fazem fronteira com o Paraguai.

Observado a falta de acesso da população de Jardim e região, o músico foi voluntário no Instituto Guarda Mirim Ambiental e na ONG Arte Viva Serra da Bodoquena ofertando aulas de harpa.