Projeto de revitalização da esplanada firma parceria da Prefeitura e Iphan
Prédio histórico de Campo Grande, localizado ao lado da Feira Central sofreu estragos com chuvas fortes e é motivo de pauta
Prefeitura de Campo Grande promoveu uma reunião na quarta-feira, dia 10, com representantes do Instituto do Patrimônio Histórico (Iphan), onde ficou decidido, por meio de um termo de compromisso, que todos os envolvidos deverão trabalhar para a preservação do patrimônio cultural histórico na área onde está a Rotunda Ferroviária.
A ideia é planejar ações emergenciais por meio de um projeto já aprovado pelo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, tendo como primeiro passo a elaboração de estudos e projetos arquitetônicos que irão estruturar a futura obra de revitalização de todo espaço da Esplanada Ferroviária.
Chuva do último final de semana provocou estragos no prédio histórico da Capital, localizado ao lado da Feira Central. Dessa forma, a prefeita Adriane Lopes solicitou uma reunião com o Iphan e os gestores da Secretaria Municipal de Obras (Sisep), Marcelo Miglioli, da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur), Mara Bethânia Gurgel e da Subsecretaria de Gestão e Projetos Estratégicos (Sugepe), Catiana Sabadin, visando encontrar uma solução viável em conjunto.
Durante a conversa, o superintendente do Iphan em Mato Grosso do Sul, João Santos, destacou que o Instituto está aberto a diálogos para trabalhar de maneira integrada com a Prefeitura na preservação do patrimônio cultural na região central de Campo Grande. “Tivemos o desabamento no domingo e o Iphan, juntamente com a Secretaria de Cultura e Turismo, esteve no local, fazendo as primeiras fiscalizações. Ao mesmo tempo, a Defesa Civil seguiu os primeiros trâmites para o isolamento da área. Foi emitido um auto de infração de cunho educativo junto à Prefeitura, por ser a proprietária dos edifícios. Agora, o próximo passo é firmarmos o termo de compromisso”, destacou.
A secretária Mara Bethânia Gurgel explicou que a Prefeitura esteve em reunião com o órgão para rapidamente tomar as providências sobre a situação. “A Sectur esteve em reunião anteontem e a conversa girou entorno da proposta de estudo e formulação de projeto para todo o complexo, contemplando os seis espaços naquele local, incluindo também os galpões, as casas onde funcionavam as oficinas e os armazéns da Esplanada.”
Neste termo de compromisso, os envolvidos irão pensar em ações emergenciais, a curto, médio e longo prazo. O resultado deve chegar na devolução dos espaços para a população.
Conforme o superintendente, João Santos, neste primeiro momento, o Iphan junto à Sectur, está em contato com o governo federal para cadastrar o pedido de repasse de recursos para elaboração de projeto, já que houve aprovação de plano da Sectur via PAC. “Num primeiro, fomos contemplados junto a Sectur com o PAC Seleções para a contratação de projetos de arquitetura e projetos executivos para essa área. Esse é o passo número 1 para as obras. Então, a Sectur está cadastrando essa ação junto ao governo federal para permitir o repasse desse recurso à administração municipal, que licitará os projetos de arquitetura. E esse estudo será feito numa construção em conjunto entre o Iphan, Prefeitura e Sociedade Civil Organizada para pensar na melhor ocupação e usos para aquela região tão importante da nossa cidade.”
Nesta primeira fase, a ideia é a elaboração de projetos que vão contemplar tanto a área da rotunda, dos galpões que desabaram e também a estação e o armazém cultural, abrangendo todo o complexo da Esplanada Ferroviária.
Ao final da reunião, a prefeita reiterou que o município deseja construir em conjunto com os órgãos pertinentes os projetos para a total revitalização do espaço. “A Prefeitura tem o objetivo de preservar e quer que a população tenha acesso a esses locais, que são nosso patrimônio histórico e cultural. Por isso, o Executivo está à disposição com as equipes técnicas e fará esse compromisso para que no futuro esse complexo possa voltar a ter vida na Capital.”
Em acordo com o trabalho conjunto, o superintendente do Iphan finalizou dizendo que o objetivo de ambos os lados é um só. “Todo esse projeto será construído visando a preservação das edificações, a preservação da paisagem ferroviária, mas principalmente dos locais nos quais a população pode acessar livremente e ter esses equipamentos culturais, contemplando essa área que é o embrião da nossa cidade. Essa parceria com a Prefeitura, com as secretarias não é de hoje e não é de agora. A gente só está reafirmando esse objetivo tanto do Iphan quanto da Prefeitura Municipal na preservação dos bens culturais presentes em Campo Grande”.
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