Geral

Projeto de lei prevê prisão por até 30 anos para feminicídio

Diante do elevado número de mortes de mulheres no país, senadora de MS propõe endurecer a punição

|
Agência Senado
(Foto: Freepick)

Matar uma mulher por violência doméstica e familiar ou por discriminação à condição feminina poderá levar à prisão por doze a trinta anos. É o que prevê um projeto de lei ( PL 1.548/2023) que deve ser discutido na terça-feira (12), a partir das 11 horas, na Comissão de Segurança Pública (CSP). Caso aprovado, ele seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que decidirá em caráter final, se não houver recurso para que seja examinado pelo Plenário.

A proposta é um dos quatro itens na pauta da CSP. Apresentado pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), o projeto recebeu parecer favorável da senadora Eliziane Gama (PSD-MA). 

“É necessário aprofundar cada vez mais o combate à violência doméstica e familiar contra a mulher. Esse projeto cumpre exatamente esse papel”, afirmou Eliziane.

Ela acrescentou que a lei “Maria da Penha” (Lei 11.340, de 2006) previu proteções às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. Ainda assim, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública (ABSP), em 2021, houve 1341 feminicídios no país. Mas o número é considerado subestimado, uma vez que muitos feminicídios são classificados como homicídio, sem levar em conta a natureza do crime praticado contra o gênero feminino em circunstâncias específicas.

Violência nas escolas e universidades - Outro item na pauta da CSP é o PL 1678/2023, que prevê medidas para combate à violência em escolas e universidades. Apresentado pelo senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), o projeto torna qualificados os crimes nos estabelecimentos de ensino, aumentando a pena em um terço no caso de lesão corporal. Os constrangimentos ilegais também aumentam a pena. Em caso de ameaça, a pena é agravada pela metade do previsto atualmente. 

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) apresentou parecer favorável ao projeto, que, caso aprovado, seguirá para as comissões de Educação (CE) e de Constituição e Justiça (CCJ), esta última em caráter terminativo. As outras duas propostas na pauta tratam da segurança de crianças e adolescentes no ambiente escolar (PL 1676/2023) e do confisco de patrimônio resultante de crimes (PL 759/2024).

Fonte: Agência Senado

Veja Também

Jardim de Natal abre programação no dia 12 com a chegada do Papai Noel

Novo centro de triagem em Três Lagoas reforça preservação ambiental

Consórcio afirma enfrentar crise financeira decorrente da inadimplência nos repasses devidos pelo Poder Público

Sejuv abre inscrições para oficina gratuita de penteados com tranças na próxima semana