Prefeitura tem até o dia 18 de janeiro para definir nova tarifa de ônibus
Nova reunião entre Prefeitura, Consórcio, Agereg, MP e Sindicato dos Motoristas está na pauta
O futuro do transporte coletivo da Capital está perto de ter uma resolução, segundo o presidente da Comissão Permanente de Transporte e Trânsito, da Câmara de Vereadores de Campo Grande, o vereador Coronel Alírio Villasanti (União Brasil-MS). De acordo com o vereador, em uma reunião com a Prefeitura, o Poder Executivo Municipal garantiu informar o valor da nova tarifa até o dia 18 de janeiro (quarta-feira).
Além disso, uma outra reunião entre a Prefeitura, Consórcio Guaicurus, Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande (AGEREG), Ministério Público e o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande (STTCU) para a definição do reajuste salarial dos motoristas está na pauta, ocorrendo somente após o repasse da nova tarifa.
Valor da Tarifa
O Coronel Villasanti explicou que o reajuste da tarifa é calculado anualmente pela AGEREG. Contudo, esse valor não é acatado pela Prefeitura desde 2019, já que o Executivo da cidade tem o poder de decisão. Para a agência, o ideal seria que a tarifa remuneratória fosse de R$7,79. “”A prefeita pode dar qualquer tarifa, se ela dizer que vai ser ou não, ela tem esse poder. A decisão é dela”, afirmou o vereador.
Para o cálculo da AGEREG, são levados em consideração o valor da gasolina, os custos com os trabalhadores da empresa e manutenção dos ônibus. Durante o ano de 2022, a reguladora apontou uma tarifa de R$5,15, a qual não foi atendida pela prefeitura.
Salário dos motoristas
Conforme o que foi averiguado em reportagens passadas pelo Diário Digital, desde novembro do ano passado, o sindicato dos motoristas está na espera do reajuste salarial de 16%. Entretanto, o Consórcio Guaicurus alegou várias vezes não conseguir bancar com tais gastos dado ao fato de depender do reajuste da tarifa, que é decretado pelo Governo Executivo Municipal.
Em dezembro de 2022, o presidente do STTCU pediu o apoio da categoria para a paralisação do serviço, diante da demora do reajuste salarial. Em contrapartida, o presidente do Consórcio Guaicurus, João Resende, propôs o reajuste salarial de 6,46% para a categoria, caso a Prefeitura aumentasse a tarifa na mesma porcentagem proposta aos motoristas, conforme o que está na ATA da reunião do dia 27 de dezembro de 2022.
Segundo o vereador Alírio Villasanti, após essa tentativa de acordo, o sindicato dos motoristas optou por esperar pela definição da tarifa e, somente depois, voltar à mesa de negociação com o Consórcio Guaicurus.
“O sindicato atendeu ao nosso pedido até a definição das duas tarifas. Isso nos deu algo de tempo e evitamos a greve. A população não saiu prejudicada. Esse tipo de situação atrapalha as atividades do dia a dia”, reforçou Villasanti.
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