Portas fechadas, mas sem pessimismo

O comércio do Centro de Campo Grande está de portas fechadas neste sábado, 21 de Março, em atendimento aos decretos municipais que trouxeram várias medidas para evitar o contágio do coronavírus. A suspensão do funcionamento de locais onde possa haver aglomeração de pessoas começou a vigorar hoje e segue até 5 de Abril.
Além das lojas, a medida atinge também casas noturnas ou locais voltados à realização de festas, eventos ou recepções. Não estão permitidas reuniões com número superior a 20 pessoas. Apesar de fechados para o público externo, os estabelecimentos comerciais podem manter o funcionamento administrativo e os serviços de entrega de mercadorias aos clientes.
No Centro da Capital, mesmo com as portas fechadas, alguns comerciantes dão mostras de que não pretendem se curvar ao pessimismo. Uma loja de acessórios femininos, localizada na Rua de 13 de Maio, tomou iniciativa que chamou atenção. Cartazes foram colados nas portas do estabelecimento com a seguinte frase: “E que nunca nos falte a esperança de dias melhores.”
O comércio não foi o único atingido pelas medidas contra o avanço do coronavírus. O transporte coletivo está suspenso. Os ônibus vão transportar apenas funcionários da área de saúde pública ou privada. A rodoviária da Capital será fechada a partir da próxima terça-feira, 24, pelo período de 20 dias. Obras da construção civil também estão suspensas.
Associação comercial - Em pronunciamento pela internet na noite de sexta-feira, 20, Roberto Oshiro, primeiro-secretário da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), informou que a entidade apoia a decisão da prefeitura de suspensão das atividades no setor e pediu que todos respeitem os decretos do prefeito Marquinhos Trad (PSD).
Contudo, ele mencionou que o momento é para "fechar e não parar." Os estabelecimentos comerciais estão com atendimento ao público suspenso, mas os empresários podem manter uma rotina de trabalho, dentro do viável para segurança e saúde de seus colaboradores, e usar serviços de entrega para concluir as vendas.
Oshiro também aconselhou os consumidores a não se desesperarem para irem aos supermercados. Conforme o decreto, supermercados, farmácias, clínicas, laboratórios, açougues e outros comércios similares são serviços essenciais, e continuarão funcionando. "É extremamente importante que a população mantenha a calma e não faça estoques em casa."
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