População pode auxiliar Assistência Social a acolher pessoas em situação de rua
Campo-grandenses podem denunciar casos que necessitem de atendimento neste frio


O inverno nem chegou, mas o frio já deu as caras na Capital sul-mato-grossense na segunda-feira (12) e deve deixar a cidade apenas na próxima semana. Para quem está em situação de rua, as baixas temperaturas “congelam os ossos” com mais dureza. A população pode auxiliar a Secretaria de Assistência Social (SAS) do Município no serviço de acolhimento a esse grupo.
Para ajudar, é fácil: avistou uma pessoa em situação de rua neste frio, basta telefonar para o Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS), da SAS, pelos números (67) 99660-6539 ou 99660-1469, que funcionam de forma ininterrupta. Em nota, a SAS explica como funciona esse atendimento. “Ao receber a denúncia via telefone celular, as equipes, que ficam sediadas no Centro POP, vão até o endereço indicado para fazer a oferta do acolhimento. No local é feito um relatório sobre a situação do usuário, caso ele seja encontrado no ponto indicado. Independente de localizar a pessoa, a equipe faz uma devolutiva para a pessoa que acionou o serviço”.
Os profissionais da abordagem são abastecidas com cobertores nos veículos que realizam a busca ativa, assim como as unidades de acolhimento também têm seus estoques de cobertores reforçados. As pessoas que aceitam a oferta de serviços são encaminhadas para os locais de acolhimento e para aqueles que não aceitam os serviços estão sendo oferecidos cobertores para aquecimento e proteção do frio.

Durante todo o período de frio, as equipes de referência do intensificam as abordagens na região central, viadutos, praças e espaços públicos, justamente os locais onde as pessoas em situação de rua costumam se abrigar.
Conforme a Secretaria de Assistência Social, são 11 equipes que se revezam em turnos nos sete dias da semana, 24 horas, incluindo feriados e finais de semana. As ações de abordagem e oferta do serviço de acolhimento ocorrem 24 horas e são realizadas por educadores sociais e psicólogos. Os profissionais oferecem os serviços da Rede de Assistência Social do município disponíveis nas duas Unidades de Acolhimento Institucional para Adultos e Famílias (UAIFA’s), além da Casa de Passagem Resgate, que acolhe os estrangeiros e migrantes, e a Casa de Apoio São Francisco.
Nas unidades, os usuários podem realizar a higiene pessoal em banheiros adaptados e dispõem de dormitórios em alas separadas. Há, inclusive, área reservada para as famílias. Também recebem roupas e agasalhos doados pela população ou de campanhas encampadas pela Prefeitura. Também contam com quatro refeições diárias, passam por atendimento psicojurídico social e são encaminhados para serviços da rede de atendimento municipal.
Caso a pessoa abordada aceite o acolhimento durante o dia, ela é encaminhada ao Centro POP, localizado na Rua Joel Dibo, nº 255, no Centro, onde passa por uma triagem para recebimento e encaminhamentos adequados às suas necessidades. No local são realizados cerca de 180 atendimentos diariamente, desde regularização de documentos até as alimentações, como, café da manhã, almoço e lanche. Já quando o acolhimento é realizado no período da noite ou madrugada, a pessoa é levada diretamente a uma das unidades de acolhimento.
Em nem todos os casos as pessoas em situação de rua aceitam o acolhimento, e isso é direto delas garantido pela Constituição Federal de 1988, em seu Art. 5º, Inciso XV. “Ocorre que a maioria das pessoas que recusam o acolhimento estão sob efeito de álcool ou drogas e muitas vezes se tornam agressivas e não permitem a aproximação das equipes”, pontua a Secretaria.
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