Plasma será usado para tratar Covid-19

Estudo realizado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo mostra que a transfusão de plasma pessoas recuperadas da Covid-19 em pacientes com quadro clínico grave da doença tem impactos positivos na recuperação. E Mato Grosso do Sul será um dos primeiros Estados a usar esse procedimento.
E para isso aconteça será necessário ter doadores. O primeiro que se dispôs a ajudar na pesquisa foi o cantor Mariano, da dupla sertaneja com Munhoz. Ele será o doador número um de Mato Grosso do Sul. O cantor teve Covid-19 em março, cumpriu as medidas impostas pela quarentena e ficou curado. Após essa vivência, se prontificou ajudar nas pesquisas relacionada a doença.
Feliz em pode ajudar, Mariano explica que teve a doença, mas não apresentou nenhum sintoma. “ Logo de início quando contraí o vírus me prontifiquei a ajudar, estou feliz por ser a primeira pessoa do Mato Grosso do Sul a doar o plasma. Faço um convite a todos os sul-mato-grossenses que foram infectados pelo coronavírus e hoje estão curados a doar também. É um passo bastante importante para ajudar ao combate a essa doença”, ressalta o cantor.
Na manhã desta segunda-feira (15) o cantor foi até o Hemosul onde foi recolhido o plasma que será encaminhado para Ribeirão Preto onde serão feitos exames para saber se ele tem o anticorpos contra o vírus anulante. Estudos apontam que a infusão de soro ou de plasma é a única forma de conferir imunidade imediata, até que o próprio organismo afetado tenha tempo de montar a sua própria resposta imune (imunidade adaptativa), que, em regra, leva de alguns dias a algumas semanas, tempo relativamente longo em casos de infecção por microrganismo de maior virulência.
O secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, acompanhou no Hemosul da primeira coleta. "Fiquei feliz por Mato Grosso do Sul participar mais uma vez de estudos inovadores. A pesquisa é avançada e tem objetivo de colher plasma de pacientes que já tiveram Covid-19 e estudar esses materiais para recuperar pacientes com evolução grave da doença com plasma de pessoas que se recuperaram. E lembrando que quem teve Covid-19 e estiver curado pode procurar o Hemosul para realizar a doação ”, explica o secretário.
Resende reforça inda que os participantes do estudo serão recrutados dentre os pacientes com infecção grave da Covid-19, tratados no Hospital Universitário da UFMS e no Hospital Regional de MS. A alocação aleatória dos envolvidos em dois grupos, controle (tratamento convencional, dito “de suporte”) e experimental (receptores de plasma convalescente), se dará por sorteio eletrônico realizado por pessoa não envolvida no atendimento ao paciente.
A intenção é incluir 40 doadores no grupo transfundido e 80 grupo controle, totalizando 120 pessoas.
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