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Plano de contingência estabelece ações para frear doenças do Aedes

Planejamento trata da identificação precoce até a mobilização social e a gestão eficaz de recursos

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Redação
(Foto: Divulgação)

A Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), publicou nesta sexta-feira (29), em edição suplementar do Diário Oficial (Diogrande), o Plano de Contingência de 2023-2023 que define estratégias para conter uma possível epidemia de dengue, zika e chikungunya –  doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, além de estabelecer diretrizes quanto à assistência e organização de fluxo.

A superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo, explica que o plano estabelece uma série de diretrizes que vão desde o estabelecimento de ações estratégicas ao fluxo de atendimento nas unidades de saúde, bem como orientações em relação ao diagnóstico e tratamento das doenças.

“O objetivo é estabelecer estratégias abrangentes, desde a identificação precoce de casos até a mobilização social e a gestão eficaz de recursos. A educação da população sobre medidas preventivas, eliminação de criadouros de mosquitos e a vigilância constante também são fundamentais. Ao implementarmos medidas proativas, podemos evitar a propagação dessas doenças e proteger a saúde de todos. A colaboração entre comunidades, autoridades de saúde e demais partes interessadas é essencial para o sucesso desse plano”, enfatiza.

O  plano está disponível para acesso no site da Prefeitura Municipal de Campo Grande no link: https://www.campogrande.ms.gov.br/sesau/downloads/ plano-de-contingencia-para-situacao-de-epidemia-de-dengue-chykungunya-e-zika2023-a-2025/ .

Apesar dos casos de dengue estarem estáveis em Campo Grande, a superintendente ressalta que em razão do período de chuvas mais intensas, as medidas de prevenção devem ser intensificadas. Ela lembra ainda do risco da reintrodução do sorotipo DENV-3 em território brasileiro, que não tinha registros há mais de 15 anos.

“Neste momento, é fundamental unirmos nossos esforços para impedir a proliferação de criadouros do mosquito. Além de carregar quatro variantes do vírus da dengue, esse inseto também representa risco de transmissão do Zika vírus, Chikungunya e diversas outras arboviroses”, destaca a superintendente.

Do dia 01 de janeiro a 26 de dezembro foram notificados 16.799 casos e seis óbitos provocados pela doença. No mesmo período, foram confirmados 15 casos de Zika e 16 de Chikungunya. Se comparado com o primeiro semestre deste ano, os casos tiveram redução de mais de 80%.

O controle da doença no município é reflexo do trabalho que vem sendo executado nas sete regiões e distritos, além de ações estratégicas que envolvem a sensibilização da população, monitoramento de áreas de risco, visitas domiciliares, remoção de materiais inservíveis e de potenciais criadouros do mosquito e eliminação de focos.

No início do ano, a Prefeitura de Campo Grande lançou uma megaoperação, denominada “Operação Mosquito Zero”, que ao longo de quatro meses percorreu as sete regiões urbanas e distritos do município. Foram mais de 80 mil imóveis vistoriados, toneladas de materiais inservíveis recolhidos e centenas de focos do mosquito Aedes aegypti eliminados.

Paralelo à Operação Mosquito Zero, o trabalho de rotina e monitoramento é intensificado com o uso das chamadas “Ovitrampas”, além da sensibilização e engajamento comunitário, através das ações de Educação em Saúde nas escolas públicas e privadas e empresas.

O município também apostou na instituição e fortalecimento de parcerias, ampliando a adesão ao projeto “Colaborador Voluntário”, que tem o objetivo de instituir a cultura da prevenção, implementando ações compartilhadas entre o poder público e privado, propiciando às empresas envolvidas no processo condições para desenvolverem de modo eficiente o programa de prevenção, evitando as doenças de caráter endêmico e epidêmico.

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