Pesquisa apontou que esquema de pirataria prejudica a economia do país
Pesquisa da CNI avalia percepção da população sobre efeitos do comércio ilegal
Uma pesquisa realizada pelo Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontou que entre cada sete brasileiros dez acredita que a pirataria e o contrabando de mercadorias são prejudiciais ao país, com efeitos negativos na economia, na criação de empregos e na atividade industrial.
O levantamento revelou uma percepção da população sobre os impactos e consumo relacionados a esse tipo de produto, (72%) ameaçam a indústria (71%) e afetam negativamente a criação de empregos (69%). Entre os mais jovens (faixa etária de 16 a 24 anos), com menor escolaridade e renda mais baixa, os percentuais de concordância são menores.
A frequência de consumo de produtos piratas é mais comum e aceitável entre os mais jovens, entre os jovens de 16 a 24 anos, 31% disseram que compram sempre ou às vezes, 29% disseram que compram raramente e 36% disseram que nunca compram. No outro extremo, entre a população de 60 anos ou mais, 10% disseram que compram sempre ou às vezes, 8% disseram que raramente compram e 81% que nunca compram produtos piratas.
Mais de 80% dos entrevistados discordam que os produtos piratas possuem a mesma qualidade e segurança em relação aos originais. O percentual sobe para 94% entre a população com renda acima de cinco salários mínimos, no tocante à qualidade, e para 89% em relação à segurança.
A mesma relação é observada quando se avalia a renda familiar: quanto maior a renda familiar, menos pessoas afirmam que nunca compram produtos piratas. Entre aqueles com renda familiar de até um salário mínimo, 69% dos entrevistados disseram que nunca compraram produtos piratas. Na outra ponta, entre os entrevistados com renda familiar acima de cinco salários mínimos, o percentual dos que disseram que nunca compraram produtos piradas cai para 45%.
Na pesquisa, foram ouvidos 2.012 cidadãos em todos os estados, exceto o Rio Grande do Sul, em função das enchentes que atingiram o estado.
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