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Pais,alunos e professores vão a Câmara Municipal pedir a mudança da Fapec

Manifestantes querem mudança na banca responsável elaboração da prova do vestibular

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Keyla Santos
Alunos pedem a mudança da FAPEC com cartazes (Foto:Luciano Muta)

Na manhã de quinta-feira (07), pais de alunos, professores e alunos foram até a Câmara Municipal de Campo Grande, pedir a mudança na Banca responsável elaboração da prova do vestibular da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) que possibilita o egresso nas universidades. 

O professor Edilson, leciona fazem 33 anos e também é professor no cursinho referencial, juntamente com a professora Milena que ministra há 22 anos e é professora de Biologia do Bioexatas. Os dois foram os responsáveis pela manifestação. 

Milena explica os dois principais pontos que eles almejam que seja mudado. “ O primeiro ponto é que só foi possível reunir tantos professores e tantos alunos porque nós estamos há cinco anos ou mais tentando melhorias através da FAPEC. Cartas foram enviadas, e-mails, visitas, recursos. Ela até nos recebe, mas não melhora em nada. Não se abre a críticas e não melhora a estrutura da prova e o segundo ponto é que é muito grave todos os erros que as provas do ingresso na UFMS, na UEMS, elas têm. Que isso mostra a invisibilidade dos alunos do cursinho. Porque se algo menor acontece na educação infantil, no ensino fundamental, há algo muito grande efeito. Mas como os nossos alunos, eles são a minoria, eles estão nos pré-vestibulares, a sociedade não dá voz à necessidade deles. ” Explicou 

Milena, professora de Biologia do Bioexatas (Foto: Luciano Muta) 

O professor Edilson, comenta os erros são recorrentes e pode se tornar motivos de piada. “ Nós tivemos aqui esse vestibular da UFMS, quase 50 mil inscritos, 49,1, e mais de 7 mil na UEMS. Com uma prova, ambos os lados, com vários erros. E não é algo recente. Desde o ano de 2018 com mais de 22 questões anuladas, sem falar as que o recurso não foi aceito. Então não dá uma boa visibilidade para os outros estados.” Concluiu 

professor Edilson, leciona no cursinho referencial (Foto:Luciano Muta) 

O vereador Juari, professor presidente da comissão de educação fala sobre o descaso da Fapec com a elaboração das provas . “Então, eu analisei as provas, eles me mostraram as provas, realmente não tem fundamento, fizeram de qualquer jeito, e uma instituição que, a meu ver, deveria ser séria, porque ela elabora processos eletivos de professor, concurso público, e vestibulares da UEMS e da UFMS. Então, os alunos se sentiram prejudicados e nós vamos engrossar esse couro para que chegue até o ministro, o Camilo Santana." Revelou 

O vereador Juari, professor presidente da comissão de educação (Foto:Luciano Muta) 

Débora de 22 anos, tenta passar em medicina a 5 anos e conta como lida com os diversos erros cometidos pela fapec. “ É bem cansativo na verdade, a gente tem um preparo muito extenso ao mundo do ano e a gente se dedica muito, muito mesmo e eu digo isso de toda minha bolha de privilégios que pode estar fazendo cursinho, de poder estar investindo na minha educação. É muito cansativo, é muito desgastante e realmente é uma coisa que deixa a gente chateada porque a gente não vê uma dedicação em tentar melhorar, em tentar fazer o mínimo por nós.” Concluiu 

Débora, de 22 anos (Foto: Luciano Muta) 

Nathália Peromignoli, de 20 anos está no terceiro ano de cursinho para tentar ingressar no curso de medicina e ressalta que é humilhante toda essa situação. “  É humilhante, porque você passa o ano inteiro estudando. É uma rotina muito cansativa. É o assim, você estuda não sabendo do seu futuro. Não é como se você estivesse já em uma faculdade. Você está estudando e você não sabe como vai ser o ano que vem. Você chega numa prova e tem questões mais elaboradas, correções mal feitas de redação. Isso desmotiva muito todo mundo. A gente acaba perdendo até a fé do nosso sonho.” Comentou 

Nathália Peromignoli, de 20 anos (Foto: Luciano Muta) 

 

 

 

 

 

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