Orquestra Indígena Terena Teko Arandú celebra 12 anos com concertos
Grupo formado por indígenas terena e estudantes da rede pública completa 12 anos levando música, inclusão e esperança a jovens de Anastácio e Aquidauana

A primeira Orquestra Indígena Terena do Brasil, Teko Arandú, completa 12 anos em 2025 e marca a data com apresentações no II Encontro de Bandas e Fanfarras Indígenas do Estado de Mato Grosso do Sul – Nzopúne, neste sábado (13), em Miranda, e no II Festival Balaio Cultural, em Anastácio, no dia 11 de outubro.
Criada em 2013 pelo Instituto RessoArte, a orquestra oferece ensino gratuito de música instrumental (cordas, sopro e percussão) a indígenas da etnia terena e estudantes da rede pública de Anastácio e Aquidauana. Hoje, reúne cerca de 60 participantes, entre crianças e jovens de 10 a 25 anos. O projeto conta com apoio da Lei Paulo Gustavo, do Ministério da Cultura, da Fundação de Cultura de MS e do Governo do Estado, por meio da Semadesc e do Fundo de Defesa e de Reparação de Interesses Difusos Lesados (Funles).
O maestro e coordenador musical, Vitor Junior Pacheco, relembra o início da iniciativa, que surgiu como fanfarra. “Começamos com instrumentos usados, desgastados, e fazíamos festivais de pastel e pizza para arrecadar recursos. Hoje estamos em outro patamar: temos instrumentos de primeira linha e uma equipe que trabalha com editais”, afirma.
Mais de 500 alunos já passaram pela orquestra nesses 12 anos. Entre eles está Kelly Cristina Leite da Silva, que iniciou como aluna ainda criança, aprendeu diversos instrumentos e hoje atua como monitora. “A música curou minha alma. O mais importante para mim são os meus alunos, que me motivam a ser uma pessoa melhor”, relata.
Além de ensinar teoria e prática musical, a Teko Arandú busca desenvolver valores como disciplina, respeito e convivência. “Não é só sobre tocar um instrumento. É sobre autoestima, superação e esperança. A música se torna uma ponte para um futuro melhor”, destaca o maestro.
Ao longo da trajetória, a orquestra já realizou dezenas de apresentações em Mato Grosso do Sul e também e ao nível nacional, incluindo participação em programas de TV. Em 2025, já foram sete espetáculos no Estado, com previsão de mais cinco até o fim do ano.
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