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Operação 'Última Dose" desarticula esquema de fraudes que causou prejuízo de R$ 18 Milhões

Ação conjunta da Polícia Civil cumpre mandados em três estados e investiga organização criminosa ligada a fraudes fiscais e lavagem de dinheiro.

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Ian Netto
A operação ultima dose quer desmantelar uma quadrilha envolvida em esquema de fraude no setor de bebidas alcoolicas (Imagem: Divulgação)

Em uma ação conjunta, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por meio do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), e a Secretaria de Fazenda do Estado (SEFAZ/MS) deflagraram a Operação "Última Dose", com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa envolvida em um esquema de fraude fiscal no setor de bebidas alcoólicas destiladas. A operação busca encerrar um ciclo de fraudes que resultou em um prejuízo estimado de R$ 18 milhões aos cofres públicos estaduais.

Durante a operação, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão: três em Mato Grosso do Sul, na cidade de Paranaíba; um em Goiás, no município de Itajá; e outro em São Paulo, em São José do Rio Preto. O objetivo desses mandados é recolher mais provas e informações para desarticular o esquema criminoso.

Além dos policiais civis do DRACCO e servidores da SEFAZ, participaram da operação agentes da Delegacia Regional de Paranaíba (1ª DP Paranaíba e SIG Aparecida do Taboado), da Delegacia de Polícia de Itajá-GO (14ª Delegacia Regional de Polícia de Jataí – GO) e do 1° DIG/GOE-DEIC-DEINTER 5 de São José do Rio Preto-SP.

As investigações tiveram início com base em dados levantados pela SEFAZ/MS, que revelaram que uma empresa estava adquirindo mercadorias de "empresas noteiras", responsáveis pela emissão de notas fiscais fraudulentas. Essa empresa movimentou cerca de R$ 21 milhões em mercadorias ao longo de 18 meses, apesar de possuir um capital social de apenas R$ 50 mil, levantando suspeitas sobre a legalidade de suas operações.

A operação também identificou fortes conexões entre a empresa investigada e outra entidade previamente envolvida em fraudes fiscais, sugerindo a continuidade das atividades ilícitas. Durante as apurações, os policiais civis do DRACCO detectaram movimentações financeiras atípicas, que indicam a possível prática de lavagem de dinheiro.

A Operação "Última Dose" visa esclarecer a rede criminosa por trás do esquema, com foco na recuperação dos valores desviados e na responsabilização dos envolvidos, que poderão responder pelos crimes de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e organização criminosa, entre outros.

As investigações seguem em andamento, com o apoio da SEFAZ e de unidades da Polícia Civil de Minas Gerais e São Paulo, além da Delegacia Regional de Paranaíba, com o objetivo de desmantelar completamente a fraude estruturada.

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