Ong da Capital é multada em R$ 175 mil por maus-tratos de animais
No local, havia cerca de 350 cães e gatos, alguns doentes, vivendo em condições de higiene precárias
A Polícia Militar Ambiental de Campo Grande foi acionada, nesta tarde do dia 19 de abril, para verificar uma denúncia sobre dois macacos pregos mantidos em cativeiro, em uma residência localizada no bairro Coronel Antonino, região norte de Campo Grande.
Chegando ao local, os policiais chegaram a conclusão que se tratava da sede de uma ONG voltada para o resgate e cuidado de animais domésticos. Após uma vistoria, não foram encontrados os macacos da denúncia. No entanto, foi observada uma situação alarmante: cerca de 350 cães e gatos, quantidade superior à capacidade do local.
Além disso, as condições de higiene eram precárias, com presença de fezes e urina espalhadas pela casa, animais doentes misturados aos saudáveis. Outra situação preocupante, devido às condições insalubres, foi a falta de equipamentos de proteção individual para os voluntários que trabalhavam no local.
Diante da gravidade dos fatos, foram acionados outros órgãos para apoio, como a Delegacia de Crimes Ambientais, o CCZ e o Ministério do Trabalho, que estiveram no local e comprovaram a situação relatada.
Os Policiais Ambientais arbitraram multa no valor de R$ 175.000,00, e os animais ficaram momentaneamente sob fiel depositário da ONG, até serem destinados para um local de acolhimento. A proprietária foi conduzida à DECAT para responder pelas acusações de maus-tratos.
A Polícia Militar Ambiental lamenta casos como o relatado, não apenas devido à inobservância da Lei ambiental, mas também pelas condições precárias a que os animais são submetidos. Apesar da boa vontade de muitas instituições e pessoas em dar um lar a animais abandonados, é inadmissível apenas o recolhimento de animais de rua sem responsabilidade e condições adequadas de cuidados. Ressaltamos também a responsabilidade dos tutores em não abandonar seus animais e orientamos a população a buscar os serviços de castração, muitas vezes disponibilizados por órgãos públicos, uma atitude que previne o abandono e a negligência.
Veja Também
MS encerra 2024 com mais de R$ 2,4 bilhões investidos em saúde